Das profundezas para o sucesso
Aquaman, novo longa da DC Comics, me faz lembrar, curiosamente, um trecho de Os Vingadores (2012). Um diálogo no qual o agente Coulson é indagado por Steve Rogers sobre um uniforme “bandeiroso” não ser algo, no atual tempo, muito cafona. Eis a resposta sábia de Phil Coulson, dizendo que com tudo que tem acontecido e com tudo que está por vir, talvez seja exatamente dessa cafonisse que as pessoas precisem. No que diz respeito as adaptações da DC no cinema, Aquaman é simplesmente isso. A mão que acerta no tempero.
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Um roteiro frágil, até bobo. Emoldurado com frases de efeito e clichês do subgênero de herói. Mas que nas mãos seguras de James Wan (Invocação do Mal, 2013 – Sobrenatural, 2011), foi assumidamente o que é, subvertendo o tom de piada para o grandioso, mas mantendo a cafonisse necessária para mudar o tom deixado por Snyder (300, 2007). Seja isso algo benéfico ou não, a longo prazo. No agora, foi deveras bom.
Visualmente o filme trás coisas maravilhosas, seus conceitos de aventura submersa serão prováveis pilares para próximos longas que quiserem embarcar nesse tipo de ambientação. As caracterizações dos personagens são incrivelmente fiéis as HQs, embora nenhuma atuação mereça aplausos. Claro que, Jason Momoa (Conan O Bárbaro, 2011) dá um gás ao grande público devido ao carisma. Dafoe (Homem Aranha, 2002), Nicole Kidman (Os Outros, 2001) e Patrick Wilson (Watchmen, 2009) são competentes dentro de seus caricatos papéis.
Filme que tem como pior aspecto seu roteiro, previsível e pequeno. Filme que tem como melhor aspecto a direção. Criativa, muito bem filmada – ângulos e dimensões em cenas de combate incríveis – e bela visualmente. Um filme para rir, torcer, e se for grande fã do personagem no nível HQ, até se emocionar.
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