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CRÍTICA | Os Estranhos: Caçada Noturna (The Strangers: Prey at Night), 2018

Sequência do filme de 2008 estreia na Quinta (7)
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Dez anos após o primeiro filme ser lançado, chega aos cinemas na próxima Quinta (7) com a distribuição da Diamond FilmsOs Estranhos: Caçada Noturna“, um trash que não tem nada de complexo ou inovador, trazendo nas mortes a sua maior oportunidade de entretenimento.

Uma família viaja para levar a filha problemática a um internato, no meio do caminho, eles param para descansar a noite e se hospedam em uma espécie de acampamento deserto no meio do nada, até que se veem sofrendo ataques de um grupo de mascarados e tem que lutar pela sobrevivência.

A direção é de Johannes Roberts, que tem em seu currículo diversos filmes de terror, entre eles os mais recentes “Do Outro Lado da Porta” e “Medo Profundo”. E aqui ele ainda perde a maior virtude do primeiro filme, que apesar de todos os seus problemas, as coisas iam acontecendo aos poucos e elevando sua tensão gradativamente. Aqui na sequência, somos apresentados ao perigo e já começa a perseguição. Mas existe uma cena em especial que se destaca, em um confronto na piscina temos uma ótima sequência de ação, com uma cena bem coreografada e uma ótima mixagem de som. Pena que dura pouco.

A fotografia do filme é bem escura, mas de uma forma que não chega a atrapalhar a visualização das cenas, o grande problema é a movimentação de câmera e o uso do zoom que é bem amador. A trilha sonora traz ótimas músicas, mas que não tem nada a ver com a história, fica algo bastante deslocado e invasivo. Felizmente o filme é curto, o que não deixa ele ficar cansativo.

Mas o grande problema do filme é o seu roteiro. Além de ser quase uma cópia do primeiro filme, os personagens são desinteressantes e não cansam de fazer burrice, tem furos gigantescos de roteiro, vilões com onipresença e onisciência por saber onde os personagens estão a todo momento e já estarem lá para surpreendê-los, mesmo eles sendo apenas seres humanos normais. Inclusive o plano dos vilões não fazem nenhum sentido e só dão certo devido as conveniências de roteiro.

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As atuações não são espetaculares, mas a maioria convence, com exceção da Bailee Madison. O detalhe é que a maior parte do filme gira em torno dela, e aturar esses momentos com caretas forçadas. Lewis Pullman é o que tem maior destaque e é responsável pela melhor cena do filme, só não é melhor porque o roteiro não ajuda. Martin Henderson e Christina Hendricks completam o elenco principal.

“Os Estranhos – Caçada Noturna” pega os elementos do primeiro filme e faz uma continuação ainda mais genérica e que necessita muito da suspensão da descrença do espectador para funcionar, seus poucos acertos são ofuscados por toda a sua bagunça narrativa.

Confira o trailer: