Longa chega nessa Quinta (23) aos cinemas brasileiros
Ao assistir Brightburn, é impossível não traçar comparações com o Homem de Aço. A história de origem, seus poderes, o estilo de vida rural, tudo está propício para mostrar que o longa tem uma inspiração clara. A maior diferença, é que enquanto o Superman usa seus poderes como forma de defender o Mundo, o Brightburn se volta para o mal e utiliza os seus poderes para a destruição. Mas será que o filme é bom? É o que vamos discutir.
Desde seu início, o diretor busca inserir uma atmosfera de terror que funciona bem em seu início, mas com o decorrer do longa vai perdendo força devido a obviedade e a exposição em excesso. O filme é muito, mas muito escuro, e mesmo na tela de cinema, às vezes é difícil conseguir identificar algumas coisas. A trilha sonora é clichê e invasiva e os efeitos visuais são até decentes, já que a escuridão ajuda a maquiar os defeitos.
Quanto as atuações, quem mais se destaca é a Elizabeth Banks, a gente consegue sentir seu amor e preocupação pelo filho de forma natural. David Denman também está bem, mostrando um pai que tenta ser o melhor que ele pode, mas sempre desconfiado. Já o garotinho protagonista, Jackson Dunn, é muito fraco e não tem expressividade nenhuma para segurar o filme, o que acaba prejudicando bastante a experiência.
O roteiro é uma cópia barata da história do Superman, eu achei até interessante dar essa visão de como seria se ele usasse o seu poder para destruição, e esse é o ponto que melhor me segurou no filme. Mas falta originalidade, falta ousadia, falta identidade. Praticamente não há construção de personagens, poderia ter uns conflitos internos melhor explorados, mas o filme não consegue sair do raso.
Brightburn é um filme que pode te prender pela premissa, mas em momento algum ele consegue sair de sua zona de conforto devido ao seu roteiro formulaico e perde pontos pela atuação fraca do protagonista.
23 anos, estudante de Jornalismo, apaixonado por cinema, séries e esportes