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Resenha: Laurie de Stephen King

Algum cachorro já salvou você? Salvou da solidão, da depressão ou de algo físico? Não é de hoje que os amigos de quatro patas auxiliam no tratamento de doenças como a depressão, ajudam em problemas motores, transtornos mentais e paralisias cerebrais.
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Algum cachorro já salvou você? Salvou da solidão, da depressão ou de algo físico? Não é de hoje que os amigos de quatro patas auxiliam no tratamento de doenças como a depressão, ajudam em problemas motores, transtornos mentais e paralisias cerebrais.

É neste sentido e para homenagear sua cachorra Molly, carinhosamente chamada de “A coisa do mal”, entrou no mundo de Stephen King. Molly é uma Corgi, natural da Grã-Bretanha, significa “cachorro anão”.

Quem acompanha o twitter do autor sabe que Molly, é figura frequente nas postagens. A versão em miniatura de Cujo, não na raça, mas na “destruição”, aparece com King em diversas situações. Foram nestas aventuras e principalmente na parceria que surgiu o conto Laurie.

Tudo gira em torno de Lloyd Sunterland e sua solidão. Lloyd no alto dos seus 65 anos, perdeu a esposa por conta de um tumor no cérebro. Desde então a reclusão se tornou sua melhor e única companhia, além da televisão e passeios esporádicos pela praia.

Algum cachorro já salvou você? Salvou da solidão, da depressão ou de algo físico? Não é de hoje que os amigos de quatro patas auxiliam no tratamento de doenças como a depressão, ajudam em problemas motores, transtornos mentais e paralisias cerebrais.
Molly pronta para o ataque. (Reprodução Twitter)

As coisas mudam quando sua irmã Beth (aquele tipo de irmã mais velha que acha que tem razão em tudo), aparece para vistoriar e controlar a vida do irmão. Ela não veio sozinha. Trouxe um cachorro. Mistura de Border Collie com Mudi. Assim como toda pessoa, avessa a mudanças, Lloyd detestou o novo amigo, que depois descobriu que era amiga.

Desculpas como “xixi no chão”, “precisar acordar de madrugada” e “gasta demais” foram os primeiros impedimentos sobre a futura moradora da casa. Beth estava irredutível. Conhecia bem o irmão e todas as técnicas para dominá-lo, ela nunca falhava.

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Os primeiros dias foram frios. Laurie (nome escolhido por Lloyd) se mostrava amorosa e presente. Contrastava com o dono que ainda tinha seus receios. As lembranças da esposa morta, a solidão que se tornou a melhor amiga, não pareciam combinar com um cachorro dentro de casa.

O tempo passa e a vida sempre encontra um jeito de seguir em frente. Lloyd e Laurie são inseparáveis, até barreiras intransponíveis como a pequena dormir na cama, do mesmo lado que a esposa falecida, acabaram sendo superadas.

Mas estamos falando de Stephen King. Quem espera um conto bobo, narrando o cotidiano de um viúvo e seu novo cachorro, vai acabar se surpreendendo com o desenrolar nada amoroso. O terror está lá da forma bem angustiante, algo que só King sabe proporcionar.

O conto está disponível para download no site oficial do autor. Não existe previsão de que ele faça parte de alguma coletânea.

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