William Shatner poderia ter tido uma imagem pública muito diferente nos dias de hoje se não fosse por este filme de arte cômico e ruim dos anos 60.
William Shatner é o rosto da ficção científica para muitas gerações de fãs de TV e cinema. Desde seus papéis incrivelmente exagerados em “A Ira de Khan” e videogames até seus projetos paralelos promovendo projetos apaixonantes e obscuros como diretor, e qualquer coisa que seja “TekWar”, ele permeou completamente todas as formas de mídia. Olhando para trás agora, é difícil lembrar – impossível se você tem menos de sessenta anos – que o Capitão Kirk foi praticamente declarado o próximo Marlon Brando por Ed Sullivan, que apresentou o “brilhante e jovem astro canadense” ao público em 1958 por seu trabalho na Broadway.
Mas, apesar de sua aclamação inicial, a carreira de Shatner como ator sério poderia ter sido diferente se não fosse por um filme em particular: “Incubus”, um filme de arte de 1966. Este filme obscuro, dirigido por Leslie Stevens, foi completamente filmado em uma língua artificial chamada ‘Esperanto’, criada com base em várias línguas europeias. A trama do filme segue um demônio que seduz os personagens em busca de almas impuras. Embora pareça interessante e único em teoria, o resultado final deixou muito a desejar.
“Incubus” foi uma experiência tumultuada para Shatner. Ele estava inseguro sobre a língua Esperanto, já que não a dominava fluentemente, o que acabou se mostrando um desafio na hora de entregar suas falas com naturalidade. Além disso, o próprio filme foi atormentado por problemas de produção e dificuldades técnicas, resultando em uma obra final bastante confusa e de qualidade duvidosa.
O lançamento de “Incubus” foi um fiasco. O filme foi ridicularizado pela crítica e ignorado pelo público, o que fez com que Shatner fosse rotulado como o ator de um filme fracassado. Sua imagem como um ator sério ruiu, e ele teve que redefinir sua carreira em outros gêneros, como ficção científica e comédia, para se reconectar com o público e se distanciar do fracasso de “Incubus”.
Felizmente para Shatner, sua decisão de abraçar a ficção científica se mostrou bem-sucedida. Seu papel icônico como Capitão Kirk em “Star Trek” revitalizou sua carreira e o tornou um ícone da cultura pop. Ele se tornou conhecido por seus maneirismos exagerados e entrega teatral, o que trouxe um charme único aos seus personagens. Sua carreira continuou a prosperar, com inúmeras aparições em outros projetos de ficção científica, incluindo “Star Trek: The Next Generation” e “The Twilight Zone”.
Embora “Incubus” tenha sido um fracasso em sua época, ele não definiu a carreira de William Shatner como um ator sério. Em vez disso, foi um obstáculo que ele superou com sucesso, abrindo caminho para uma carreira duradoura e uma imagem pública única. Portanto, é seguro dizer que, embora “Incubus” possa ter frustrado as ambições de Shatner como um ator sério, ele acabou encontrando seu nicho na ficção científica e se tornando um ícone amado por fãs de todo o mundo.
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