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CRÍTICA | “X-Men: Fênix Negra” encerra o universo mutante da Fox de forma insossa

Filme até tem um bom valor de entretenimento, mas a sua falta de personalidade e preguiça narrativa o impedem de ser um bom fechamento
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Filme até tem um bom valor de entretenimento, mas a sua falta de personalidade e preguiça narrativa o impedem de ser um bom fechamento

Está chegando aos cinemas nesta Quinta (6), o filme que vai fechar o ciclo dos X-Men na Fox, já que a empresa foi adquirida pela Disney. Estou falando de “X-Men: Fênix Negra”, um filme que já havia passado por dois adiamentos de estreia, mas que agora finalmente deu as caras.

Após um grupo de astronautas sofrer um acidente na órbita terrestre, os X-Men tem a missão de resgatá-los. Só que durante a missão, um acidente ocorre e Jean Grey é atingida por uma misteriosa força cósmica que quase a mata. Ao retornar, ela percebe que está bem mais poderosa que antes, mas não consegue controlar o seu poder. Além dessa instabilidade, ela também precisa lidar com um grupo de alienígenas que vieram à Terra em busca do seu poder.

A direção é de Simon Kinberg, que já possui vários trabalhos com os mutantes, mas na produção e no roteiro, como diretor é a sua estreia. Podemos dizer que ele faz uma direção funcional, mas sem assumir riscos. As cenas de ação são muito boas, com efeitos visuais satisfatórios, o filme tem um bom ritmo e os personagens tem uma interação com bastante cara de quadrinhos. Mas os elogios ao filme param por aí.

Mesmo os personagens funcionando bem como grupo, individualmente eles não tem nenhum tipo de desenvolvimento. Todos são descartáveis, inclusive a protagonista e a principal vilã. Não há senso de ameaça algum. E pra um filme que seria o encerramento dessa fase dos X-Men, não há um fechamento de arco, fica algo em aberto para uma coisa que sabemos que não vai acontecer.

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Sophie Turner é uma atriz bastante limitada, e nem de longe tem o mesmo carisma do Hugh Jackman. Jogar o protagonismo para ela foi uma péssima ideia, em momento algum ela consegue segurar o filme. Jessica Chanstain está em um de seus piores trabalhos na carreira, completamente unidimensional em um arco que nem sentido narrativo faz. O fato é que poucos aqui tem tempo para mostrar alguma coisa. O único que consegu se destacar um pouco em relação aos demais é o Michael Fassbender.

“X-Men: Fênix Negra” é um filme preguiçoso e sem pretenções. Não é o pior filme do universo, pois ele funciona como obra de entretenimento devido ao bom trabalho técnico realizado. Mas pra quem espera um pouco mais que isso, talvez esse não seja um filme para você.