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CRÍTICA | ‘Verdade ou Desafio’ se leva mais a sério do que deveria e nos entrega diversos problemas

Filme será distribuído pela Universal Pictures e estreia no dia 3 de Maio nos cinemas brasileiros
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Chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 3 de Maio ‘Verdade ou Desafio‘, filme distribuído pela Universal Pictures que se aproveita do popular jogo entre rodas de amigos para desenvolver um enredo um tanto quanto esquisito.

O filme acompanha um grupo de jovens, que em uma viagem ao México, conhecem um rapaz que os leva para um lugar isolado onde começam a jogar ‘verdade ou desafio’, no meio do jogo, esse rapaz fala que eles estão amaldiçoados e serão obrigados a responderem as perguntas e cumprirem os desafios no dia a dia, conforme a sua vez, sob a pena de morte para aqueles que não cumprirem.

A direção e o roteiro ficam por conta de Jeff Wadlow, que ficou conhecido por Kick Ass 2. O filme bebe muito da fonte que Premonição estabeleceu em seus anos. O grande problema é que Premonição nunca se levou a sério e utilizava das mortes cada vez mais criativas para chamar a atenção de seu público. Aqui, o filme se leva a sério demais e não tem tantas coisas a oferecer ao público como recompensa.

Há problemas de ritmo e de tom aqui. Mesmo tendo apenas 100 minutos, a abordagem cíclica torna o filme cansativo, vez ou outra aparece um personagem repetindo algo que já havia sido apresentado ou explicando o enredo pro expectador.

A atmosfera densa de um bom suspense inexiste aqui. Nós não sentimos o peso dos acontecimentos, nem mesmo os personagens parecem sentir a morte dos amigos. O filme chega a ser até mesmo engraçado, no mal sentido, pois ele faz rir por conta de algo mal idealizado. As caretas dos personagens ao perguntar “truth or dare” quebra completamente a seriedade do filme.

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As atuações são as mais descartáveis possíveis, Lucy Hale talvez seja a que mais se esforce para entregar algo da personagem dela, mas falta profundidade. Completando o elenco temos nomes Hayden Szeto, Nolan Gerard Funk, Tyler Posey, Violett Beane e Aurora Perrineau.

O roteiro é tão problemático quanto o restante do filme. Os diálogos são expositivos e rasos, as decisões são no mínimo questionáveis, o estabelecimento da maldição não fica claro em como ele se dá, e as questões sociais abordadas são de forma bem superficial, e as contradições de personagens que fica difícil entender as reais motivações deles.

Para não dizer que nada funciona, o twist no terceiro ato do filme é interessante e destoa do resto do filme, mas infelizmente dura pouco.

“Verdade ou Desafio” já diz muito sobre o que ele é nos trailers. Poderia funcionar se não se levasse tão a sério, mas o filme é mal dirigido, mal atuado e toma várias decisões erradas, e deve se apoiar somente no seu título para chamar a atenção do público.