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CRÍTICA | Rampage cruza os limites do exagero, mas deve entreter quem gosta de uma boa ação

Rampage: 'The Rock' está de volta lutando contra monstros gigantes em novo filme baseado na franquia de games da década de 80
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Chega aos cinemas nesta Quinta (12), Rampage: Destruição Total, filme que é uma adaptação de games lançados em diversas plataformas, tendo início lá em 1986 no Arcade, e tendo seu último título publicado em 2006, para PlayStation 2Nintendo Wii e GameCube.

O game é bem simples, onde o objetivo é controlar um monstro gigante, sobreviver aos ataques dos militares e destruir a cidade o máximo possível. O filme basicamente pega essa fórmula e constrói uma narrativa por cima, nada muito complexa.

Davis Okoye (Dwayne Johnson) é um primatólogo que prefere a companhia de animais do que humanos, ele tem uma ligação forte com George, um gorila albino que ele cuida desde sua infância. Mas um experimento dá errado e transforma algumas espécies em monstros gigantes e perigosos, incluindo o George. Okoye então se une as forças militares para tentar salvar seu amigo e impedir a destruição total da cidade.

O filme é dirigido por Brad Peyton, e ele já trouxe a destruição da cidade à tona em Terremoto: A Falha de San Andreas. Aqui, ele mostra certa evolução ao conduzir as cenas de ação, temos alguns planos sequência, bem abertos, onde entendemos as consequências dos ataques e onde estão inseridas todas as ameaças.

A interação entre o Okoye e George é bem apresentada, sentimos a ligação forte entre eles e como se importam um com o outro. Já não podemos dizer o mesmo das relações entre os humanos, que são artificiais e cercada de diálogos expositivos e de decisões de roteiro no mínimo incoerentes.

As atuações são mais do mesmo. Dwayne Johnson é o ‘The Rock’ de sempre, excelente trabalho físico na ação, mas limitado na questão emocional, no entanto, ele é bastante carismático e é agradável ver ele em cena. Jeffrey Dean Morgan parece que não largou o Negan, faz o mesmo trabalho que costuma fazer em The Walking Dead nas feições, e até mesmo no modo de falar. Naomie Harris é a decepção pra mim, ela traz o exagero pro filme, onde tem cenas de perigo que se tornam até engraçadas pelas caretas que ela faz. O restante do elenco tá lá apenas pra compor as cenas mesmo, nada demais.

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Por falar em exagero, esse é o grande problema do filme. Tem cenas que a gente olha e só pensa: “ok, vamos aceitar que isso é possível”. Eu sei que não dá pra esperar muita lógica de um filme onde monstros gigantes destroem a cidade, mas eles acabam passando do limite do aceitável em diversos momentos.

Os efeitos visuais são ótimos, as criaturas no CGI são riquíssimas em detalhes e a destruição em massa é muito bem feita. Nos minutos finais acaba ficando um pouco exagerado demais e a gente consegue notar um pouco da artificialidade, mas nada que chegue a incomodar tanto.

O filme traz um tom humorístico muito bem vindo, principalmente vindas da relação entre George e Okoye. O ritmo do filme é bom, sem se tornar cansativo em momento algum e acabando no tempo certo. A mixagem de som é ótima e a trilha sonora é funcional, mas nada memorável.

No geral, se você está interessado em ver monstros destruindo a cidade e o The Rock de peito aberto sendo badass nas cenas de ação, você vai se divertir, pois o filme faz isso muito bem. Mas se você espera algo mais do que isso, você tem grandes chances de sair decepcionado.