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Crítica | Empolgante temporada, 3% não mostra sinais de cansaço

Crítica | 3% é empolgante e não mostra sinais de cansaço
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A Netflix é dominada por séries norte-americanas e britânicas. Quando chega algum produto novo de um lugar diferente, a curiosidade domina. 3% é um exemplo perfeito. Apesar de manter os mesmo erros, a terceira temporada da série chegou nesta sexta-feira (07) na Netflix e os novos episódios nos mostram que ela não se cansou e tem história para contar.

Michele (Bianca Comparato) realizou o sonho de uma das fundadoras e fez a Concha, um lugar no Continente com a tecnologia do Maralto. Um lugar onde todos são bem-vindos. Na concha, todo o trabalho é feito com a ajuda das pessoas. Essa teoria coincide com a ideia inicial do Maralto,mostrada na segunda temporada. Claro que esse utopia iria durar pouco e Michele( fundadora da Concha) precisou tomar uma decisão um tanto radical: Selecionar quem ficará ou não no local.

Nesse ponto, a similaridade com a primeira temporada da série começa a aparecer. Com as disputas que mostram os medos e defeitos, aquela filosofia do que é “certo” ou “errado”, acabam mostrando quem realmente somos quando nos é dado um desafio. Então, o tão criticado processo se repete. O diferencial é que aqui vemos o lado das pessoas que estão aplicando os desafios, revelando que eles sentem medos e inseguranças. E poder enxergar o outro lado da história, nos faz ter uma noção completa do quão ruim é esse processo/seleção.

A Netflix é dominada por séries norte-americanas e britânicas. Quando chega algum produto novo de um lugar diferente, a curiosidade domina. 3% é um exemplo perfeito. Apesar de manter os mesmo erros, a terceira temporada da série chegou nesta sexta-feira (07) na Netflix e os novos episódios nos mostram que ela não se cansou e tem história para contar.

 

Sobre os erros e acertos da série. Trilha sonora excepcional e a direção de fotografia mais ainda. Os cenários, principalmente no deserto, são lindas e poéticas. Com relação aos erros, as atuações podem funcionar no roteiro, mas nas telonas acabam não funcionando. Frases de efeitos e diálogos sem naturalidade podem escapar dos olhares os fãs lá de fora, mas para nós, espectadores nacionais, acabamos por notar a teatralidade dos personagens. E o excesso desta fórmula acaba afetando a experiência, nos distanciado quando uma personagem com tanta personalidade como Joana (Vaneza Oliveira), por exemplo, que acaba tendo suas falas impulsivas e sem naturalidade.

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Personagens com Rafael (Rodolfo Valente está ótimo) e Marco (Rafael Lozano) acabam ganhando uma grande responsabilidade nesta temporada, e devo admitir que gostei de ver eles com novas tramas e deveres. Já não é o caso da Michele, que parece não ter certeza do que quer, entregando uma atuação superficial, desperdiçando vários momentos em que a personagem poderia ter roubado a cena.

O gancho deixado pela cena final indica que teremos uma dinâmica tão revigorante quanto a série sempre procurou introduzir a cada ano, e com um pouco de atrevimento, a guerra de 3% pode ter muito a dizer para seu público.