“M*A*S*H” é uma das sitcoms mais apreciadas de todos os tempos, e muito disso se deve ao papel fundamental de Alan Alda como o Capitão Benjamin Franklin “Hawkeye” Pierce. Embora o programa fosse apresentado como uma série de ensemble, Alda acabou se tornando o personagem central e também contribuiu nos bastidores ao escrever e dirigir episódios. A influência de Alda realmente moldou “M*A*S*H”, transformando-a em uma série progressista, emocionante e engraçada. Essa visão mais atualizada e humorada irritou o autor conservador do livro original, mas, ao final, resultou em um programa muito mais rico e interessante. Apesar de algumas saídas de atores como Wayne Rogers e McLean Stevenson, que se sentiram ofuscados por Alda, seus elogios ao colega foram constantes. No entanto, houve um diretor que teve dificuldades em lidar com o ator.
Em sua autobiografia “Please Don’t Shoot My Dog”, Jackie Cooper, ator e diretor, compartilha algumas histórias sobre os conflitos que teve com Alan Alda durante as filmagens de “M*A*S*H”. Apesar de narrar os conflitos de sua perspectiva, Alda parece ter saído dessa relação de maneira positiva.
Cooper relata que deveria ter trabalhado com Alda em seu filme de estreia como diretor, “Stand Up and Be Counted”, mas Alda só aceitou participar se algumas mudanças fossem feitas, o que não aconteceu. Mesmo assim, Cooper tinha esperanças de uma futura colaboração. Ao chegar ao set de “M*A*S*H”, ele encontrou um Alda diferente do que esperava. Embora o ator fosse muito comprometido e profissional, Cooper se decepcionou ao perceber que Alda não estava disposto a intervir para resolver tensões entre outros atores do elenco, o que levou Cooper a ficar frustrado.
Era quase um pedido injusto esperar que Alda, que ainda não dirigia episódios, assumisse uma posição de liderança. Afinal, ele era o único ator que havia participado de todos os episódios da série. Cooper, ao tentar responsabilizá-lo por conflitos, não estava sendo justo, especialmente considerando as potenciais rivalidades que já existiam com a quantidade de tempo que seu personagem recebia na tela.
Alda é uma figura amada na indústria, e é difícil encontrar motivos para criticar o ator. Ele foi um dos responsáveis pelo tom inovador da série, insistindo em um humor inteligente ao invés de piadas de gosto duvidoso. Isso fez com que “M*A*S*H” se tornasse um exemplo notável de comédia dramática, ao misturar habilmente momentos de seriedade com humor. Quando Cooper comentou sobre a habilidade do elenco em atuar comedicamente, Alda se defendeu, explicando que havia uma compreensão profunda entre ele e seus colegas de trabalho que não era reconhecida pelo diretor.
Dessa forma, a dinâmica entre Alda e Cooper exemplifica como diferenças de abordagem e compreensão de um projeto podem gerar conflitos, mas também destacam o talento e a importância de Alda para o legado de “M*A*S*H”.
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