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Música como Vilã: Reitman e Batiste Falam sobre o Filme

Música como Vilã: Reitman e Batiste Falam sobre o Filme
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No dia 16 de novembro de 2024, em um painel durante o Deadline Contenders Film: Los Angeles, o diretor Jason Reitman e o compositor Jon Batiste discutiram as inovações e as escolhas criativas por trás do filme “Saturday Night”. Batiste revelou que, após várias conversas com Reitman, ficou evidente que a música não deveria seguir o padrão de uma trilha sonora tradicional, mas sim representar um papel antagonista na narrativa. Ele descreveu a música como “o vilão” da produção, simbolizando a pressão do tempo.

Uma das principais decisões tomadas por Batiste foi a de descartar a orquestra, optando por um formato que refletisse a atmosfera e a urgência das filmagens. “Nosso primeiro passo foi jogar fora a orquestra. Não teria uma trilha orquestral”, afirmou Batiste. Ele enfatizou que a música na verdade servia como uma alegoria para o relógio, simbolizando a ansiedade e o tempo.

Reitman também compartilhou que desejava que a música não trouxesse uma sensação de resolução, uma vez que todos sabiam que o show teria sucesso. “Nós sabemos que isso [o programa] é um grande sucesso; ele não deveria nunca dar a impressão de que há um momento de resolução, nem mesmo ao final”, explicou Reitman.

Batiste discutiu sua abordagem de capturar a música no ambiente das gravações, buscando captar a energia do espaço e a pressão sobre os músicos. Ele revelou que todo o elenco e a equipe permaneciam durante as gravações porque sabiam que teriam a oportunidade de um “concerto gratuito”. O processo envolveu apresentar trechos do filme aos músicos, que aprendiam as composições em tempo real, garantindo que a vibração e a emoção presentes nas filmagens fossem refletidas na trilha.

Reitman ficou impressionado com a habilidade de Batiste de criar música de forma espontânea, elogiando sua capacidade de chamar notas enquanto todos estavam no set, um método que, para o diretor, era difícil de entender, mas que resultava em uma mágica única. Batiste estava incerto se tudo o que gravaram no set realmente entraria no filme, mas esse novo método de imersão no processo trouxe uma conexão direta entre a música e a edição do filme.

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Com esta abordagem inovadora, tanto Reitman quanto Batiste mostraram como as decisões criativas podem transformar a maneira como a música é utilizada no cinema, proporcionando uma experiência única e autêntica para a audiência.
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