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CRÍTICA – O Justiceiro 2ª Temporada

CRÍTICA - O Justiceiro 2ª Temporada - não é a melhor adaptação, mas não deixa de ser uma boa série com grandes combates e situações de sinuca de bico
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Ainda esperamos por uma série DO JUSTICEIRO

Com a cena final da primeira temporada, onde Frank assumia sentir medo do futuro por não entender mais o que viria a seguir, podemos então nos alegrar com o começo da segunda temporada. Frank (Bernthal) toma a decisão de ajudar Amy (Whigham) a fugir e lutar contra assassinos. Violência. Boa e velha violência. Frank – da série – com seus característicos latidos e rosnados, e tendo de aceitar para o que foi feito e como prefere viver.

A série ganha espaço para combates maiores, situações de sinuca de bico. Enquanto John Pilgrim (Stwart), o desreferenciado Menomite das HQs caça Amy e seu inesperado protetor. Pilgrim é um personagem interessante, com desconstruções imprevisíveis em sua história. O mesmo não se pode dizer de Billy Russo (Barnes), a tentativa medíocre do Retalho na série. Retalho esse que se quer é referenciado. O Menomite conseguimos entender, pelo seu subnúcleo narrativo e pela modesta fama. Mas o Retalho, ou melhor, a tentativa de um, é de longe a maior decepção e erro da série, contando as duas temporadas até agora. Barnes não é um ator ruim, mas não passa a loucura necessária, somando a fraqueza do personagem diante do que deveria ser. Sem falar no óbvio: suas cicatrizes. Parece que a Netflix não quis deturpar o rostinho mais bonito do elenco masculino.

Madani (Rose Ravah) constitui novamente um dos núcleos mais chatos da trama. Uma coisa é a personagem ser chata, mas isso não implicaria sobre sua trama e envolvimentos. Mas calma, pior que isso, são os momentos entre a Dra. Dumont, terapeuta de Russo, e o próprio. Esses trechos são com certeza os mais arrastados e “tanto fez tanto faz” que a série tem para lhe dar. Note como o pseudo Retalho converge para si as fraquezas da obra.

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Dos outros personagens que orbitam o Justiceiro, os que se salvam são Curtis (R. Moore), Karen Page (Ann Woll) e Mahoney (Johnson). Um ponto positivo na série é o debate, que dessa vez toma lados, diferente da temporada anterior onde o armamento ou desarmamento estadunidense foi abafado de uma hora para a outra. Aqui o comparativo entre Frank e Russo, devido a matança que ambos causam é válido e conclusivo. No quesito ação, essa temporada é melhor. Só isso. A violência é sincera, disso não há do que reclamar.

Por fim, como uma série policial, independente de adaptações, de origem e passagens por outras mídias, a segunda temporada de O Justiceiro se faz uma boa. Boa série. Mas contextualizando para o que se presta, o famigerado O Justiceiro da Marvel, falha mais uma vez. Não entrega uma adaptação decente. Você gostar ou não, vai do quanto relevar, caso se importe com o cerne e cânone do personagem. Ou com o quanto desconhece deles.