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CRÍTICA | ‘Missão Impossível: Efeito Fallout’ traz evoluções técnicas e é o filme que menos se leva a sério em toda a franquia

Estreia nesta Quinta (26) nos cinemas brasileiros com distribuição da Paramount, o sexto filme de uma das franquias de ação mais respeitadas nos últimos anos. Estou falando de "Missão Impossível: Efeito Fallout", filme que traz uma nova roupagem apostando bem mais no humor, e chegou a hora de falar um pouco sobre essa sequência.
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Estreia nesta Quinta (26) nos cinemas brasileiros com distribuição da Paramount, o sexto filme de uma das franquias de ação mais respeitadas nos últimos anos. Estou falando de “Missão Impossível: Efeito Fallout“, filme que traz uma nova roupagem apostando bem mais no humor, e chegou a hora de falar um pouco sobre essa sequência.

A trama não traz muita coisa nova. Após uma missão mal sucedida, Etan Hunt (Tom Cruise) une forças com o time do IMF numa corrida contra o tempo para acertar os erros do passado.

A direção é mais uma vez de Christopher McQuarrie, o mesmo de “Nação Secreta“, e é a primeira vez que a franquia repete o mesmo diretor. Aqui, o que já era bem dirigido ficou ainda melhor, as coreografias de luta são ótimas, os planos na ação são mais longos, com a câmera circulando mais entre a ação, as cenas aéreas são impressionantes, uma específica de um salto de paraquedas com a câmera acompanhando é uma das coisas mais legais e imersivas já vistas. As cenas de perseguição também não deixam nada a desejar, sejam elas pela terra ou pelo ar, tudo é muito orgânico e bem editado.

A trilha sonora, que sempre foi um ponto forte em “Missão Impossível”, conseguiu se renovar ainda mais. Temos cenas onde a música comanda a cena sem o som ambiente, e temos outras onde o diretor deixa somente o som ambiente sem a trilha sonora, ajudando a criar uma atmosfera ainda mais palpável. A edição e mixagem de som também são impecáveis, já o 3D não acrescenta em nada ao filme, a não ser em uma única cena.

E como é legal ver o Tom Cruise como Ethan Hunt. Ele não é um excelente ator, mas conseguimos ver em como ele gosta de ser o personagem, e em como ele se entrega para o papel fisicamente, recusando dublês, que lhe custou até um tornozelo quebrado nas gravações. Henry Cavill também foi uma ótima adição do elenco com toda sua disposição física e dualidade necessária para o personagem. Ainda temos no elenco Rebecca Ferguson, Simon Pegg, Alec Badwin, Sean Harris, Michelle Monaghan… todos cumprindo seu papel, mas sem muito brilho.

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O roteiro não traz nada de novo, o filme inteiro gira em torno de construir as cenas de ação. Uma mudança que eu achei interessante foi o fato do humor se fazer mais presente aqui, dando mais liberdade de zoar até seus próprios problemas. E não é novidade para ninguém os exageros da franquia, se aqui por um lado não há uma cena específica que justifique seu título, há cenas menores que tentam atingir a grandeza que ficou um tanto quanto forçada. Também há personagens demais no filme que são mal desenvolvidos e alguns plots acabam ficando mais estendidos que o necessário com diálogos expositivos e que não fazem a história andar, o que deixa o problema ainda maior tendo em vista que o filme tem duas horas e meia de duração.

“Missão Impossível: Efeito Fallout” tem um exagero de personagens que são pouco desenvolvidos e é mais longo do que deveria, mas é um filme de ação, e dentro do gênero, ele compensa muito bem com sequências de ação excelentes e grandiosas, além de trazer um tom de humor muito bem-vindo na franquia.

NOTA: 7.3