Zoe Saldaña compartilhou suas reflexões sobre como o filme “Avatar” lhe proporcionou um sentimento de orgulho e proximidade em relação às suas atuações. Durante um evento “In Conversation With…” no Festival Internacional de Cinema de Toronto deste ano, ela abordou a questão das performances no contexto da tecnologia de CGI utilizada na franquia.
Desde o lançamento do primeiro “Avatar” em 2009, dirigido por James Cameron, a obra se destacou como um marco tecnológico, mas muitos subestimaram o impacto das performances dos atores. Em sua fala, Saldaña expressou o desejo de que o público entendesse melhor o trabalho de atuação realizado, já que a tecnologia de captura de movimento permitiu que suas expressões faciais e emoções fossem transformadas em personagens vivos, como Neytiri, a Na’vi que ela interpreta.
Saldaña destacou: “O que nós fizemos está lá. A tecnologia que Jim usa permite ao intérprete ter orgulho do desempenho.” Ela acredita que a forma como a atuação é percebida mudou ao longo do tempo, mas ainda há resistência em reconhecer a importância do trabalho no CGI. A atriz lembrou que, em 2009, muitos questionavam se o que eles faziam era realmente atuação, refletindo a desvalorização do talento dos atores que participaram do projeto.
Além disso, mesmo com o reconhecimento em premiações como os Saturn Awards, Saldaña revelou que gostaria que o trabalho em filmes baseados em CGI recebesse mais atenção. Ela afirmou: “Espero que haja mais reconhecimento pela atuação em filmes assim. Não é o prêmio que precisamos, mas precisamos compartilhar o que fazemos.”
Em relação ao futuro, Saldaña se mostrou animada com a perspectiva de mais três filmes da franquia “Avatar”, que prometem explorar mais do mundo de Pandora até pelo menos 2031. Ela também falou sobre sua paixão pela atuação e pela narrativa, enfatizando a importância de compreender as diferentes reações humanas a eventos similares.
Por fim, refletindo sobre sua carreira, que inclui papéis marcantes como Gamora em “Guardiões da Galáxia” e Uhura em “Star Trek”, Saldaña expressou sua contínua busca por crescimento artístico: “Não me considero realizada. Sei que ainda tenho muito a aprender e mostrar.” Seu mais recente trabalho em “Emilia Pérez”, no qual interpreta uma advogada, foi descrito como uma grande oportunidade para desafiar suas habilidades além do que havia feito em “Avatar”.
Com isso, Zoe Saldaña reafirma seu compromisso com a arte de atuar, independentemente das vozes que possam questionar o valor e a profundidade de performances feitas em meio a tecnologia de ponta.
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