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Vanessa Kirby brilha em meio à decepção de Napoleon

Vanessa Kirby brilha em meio à decepção de Napoleon
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O filme “Napoleon”, dirigido por Ridley Scott e previsto para estrear em 22 de novembro de 2023, trouxe grandes expectativas, especialmente por seu foco em eventos históricos. Contudo, a crítica mencionou que, apesar do potencial do longa, o resultado final foi decepcionante, especialmente na construção dos personagens e no ritmo da narrativa, que falhou em abarcar quase duas décadas de história em apenas duas a três horas.

Dentre as atuações, destaca-se o desempenho de Vanessa Kirby como a Imperatriz Joséphine, um dos pontos altos do filme. Kirby conseguiu transmitir a complexidade da personagem, que, mesmo enfrentando o declínio de sua posição política e social ao longo dos anos, se destaca na medida em que protagoniza momentos de força e vulnerabilidade. Embora haja discrepâncias históricas em relação à idade da atriz e da personagem, seu talento foi capaz de criar uma representação autêntica de uma mulher que, mesmo idolatrada por seu marido, se vê diminuída diante das ilusões criadas por sua fama.

Em contraste, Joaquin Phoenix, que interpreta Napoleão, trouxe uma abordagem menos admirável ao personagem, fazendo com que sua representação do imperador fosse mais neurotica e difícil de simpatizar. A decisão de Scott em mostrar um líder tão flawed e distante da figura que normalmente se espera em um histórico cinematográfico foi audaciosa, mas ficou aquém do que muitos esperavam, dificultando a conexão do público com o personagem.

Kirby, por sua vez, não só recriou a aura de Joséphine, mas também conseguiu expressar seu desespero e complexidade emocional. Com cenas que mostram sua tristeza e dignidade após o divórcio de Napoleão, devido à infertilidade, e momentos de profundo anseio quando ela observa o filho de Napoleão com outra mulher, a atriz realmente humanizou a personagem, tornando-a muito mais do que um adorno na narrativa.

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Em resumo, enquanto “Napoleon” pode não ter cumprido todas as promessas de um épico histórico, a atuação de Vanessa Kirby se destaca como um farol de esperança, ressaltando a profundidade emocional e os dilemas da mulher ao lado de um dos mais controversos líderes da história.

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