Os vampiros são figuras que sempre fascinaram a literatura de terror e o imaginário popular. O livro “Il grande libro dei vampiri. Dalla storia al mito, dalla letteratura al cinema: tutto sui non-morti”, lançado pela editora Mondadori e escrito pelo professor J. Gordon Melton, é uma obra que explora a fundo a origem e a evolução dessas criaturas sobrenaturais.
Matteo Curtoni, que traduziu a obra para o italiano, compartilhou suas reflexões em um programa de rádio chamado “Il Boss del Weekend”. Segundo ele, a imagem do vampiro é tão antiga quanto as civilizações. “Se olharmos o folclore de cada parte do mundo, há sempre algo relacionado a essa sombra que nos persegue durante a noite”, explica Curtoni. Ele menciona que as primeiras referências podem ser encontradas na Grécia Antiga, embora não se tratem exatamente de vampiros como conhecemos hoje.
Curtoni define os vampiros como mais do que apenas sedutores com caninos afiados. Eles são um reflexo das nossas mais profundas inseguranças, simbolizando medos que vão além do simples encontro com uma criatura noturna. “O vampiro é uma resposta às perguntas que fazemos sobre o que existe no escuro”, acrescenta.
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No livro, Curtoni também aborda a distinção entre vampiros “tradicionais” e os chamados “vampiros energéticos”. Esses últimos não estão relacionados ao consumo de sangue, mas sim a pessoas que, de maneira consciente ou não, absorvem a energia emocional dos outros, deixando-os esgotados.
Além disso, Curtoni discutiu alguns dos mitos mais comuns sobre vampiros, como a crença de que o alho pode afastá-los, e táticas de defesa caso alguém se encontre com um vampiro. Ele menciona, por exemplo, a prática antiga de espalhar sementes ao redor da tumba de um potencial vampiro, já que a crença é de que ele contaria cada semente, permitindo que os vivos escapassem até o amanhecer.
Atualmente, existem comunidades que se identificam como vampiros, como a associação Darkblood Italy Vampires, que é uma das mais ativas no país. Curtoni afirma que muitos se consideram vampiros verdadeiros, consumindo sangue em pequenas quantidades para manter seu bem-estar.
A figura do vampiro, que agora tão bem sabemos que é uma mistura de folclore, literatura e psicologia humana, continua a cativar e a inspirar a cultura popular, revelando o quanto ainda nos fascina e assusta.
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