Pular para o conteúdo

Tradição de Star Wars se renova em Skeleton Crew Episódio 4

Tradição de Star Wars se renova em Skeleton Crew Episódio 4
Avalie este artigo

**Skeleton Crew: Episódio 4 Explora os Efeitos da Guerra Sobre as Crianças**

O episódio 4 de “Star Wars: Skeleton Crew”, intitulado “Can’t Say I Remember No At Attin”, surpreendeu ao expandir os limites da narrativa dentro do universo “Star Wars”. Desde seu lançamento, a série tem se mostrado uma grata surpresa, especialmente após o impacto provocado por “Andor”. Embora tenha sido apresentado como uma aventura leve inspirada em “Os Goonies”, “Skeleton Crew” se revelou uma das obras mais originas e envolventes da franquia em anos. Embora o tom seja mais direcionado ao público infantil, não hesita em apresentar algumas das imagens mais assustadoras da saga, incluindo piratas alienígenas e um robô assassino em busca de crianças em uma espaçonave obscura.

No quarto episódio, a narrativa faz uma pausa nas brincadeiras de piratas para abordar um tema mais sombrio e profundo: o impacto da guerra sobre as crianças e o ciclo da violência. O personagem Neel, um alienígena azul, se destaca ao argumentar contra o envio de crianças para a linha de frente. Este episódio não apenas captura a essência do que significa crescer em meio ao conflito, mas também estabelece uma conexão interessante com uma tradição que remonta à série animada “Clone Wars”.

**A Conexão com a Résistance Francesa**

Neste episódio, os jovens protagonistas acreditam estar retornando ao seu planeta natal, At Attin, mas acabam em At Achrann, um lugar em constante guerra. Os conflitos envolvem duas tribos, os Troik e os Hattan, que lutam há gerações. Os Troik, particularmente, têm traços que remetem aos Meninos Perdidos de “Peter Pan”, onde crianças lutam contra adultos. O líder dos Troik, General Strix, e sua filha Hayna falam com um sotaque que evoca a cultura francesa, uma escolha criativa que remete à representação da Résistance Francesa na “Clone Wars”, onde os Twi’leks também falavam com sotaque francês, uma decisão intencional do criador George Lucas que homenageia a resistência durante a ocupação nazista.

Leia Agora  Bairros Reais Destruidos por Tornados são Utilizados no Filme Twisters

**Uma Perspectiva Diferente sobre a Guerra**

Ao mudar o foco da história para crianças envolvidas em um cenário de guerra, “Skeleton Crew” vai além de uma mera referência. O episódio provoca uma reflexão sobre o que significa viver em um ambiente de conflito. Assim que os jovens são recrutados, a maioria aceita a situação sem protestos, exceto Neel, que acredita que a guerra não é a única solução. Ele sugere a Hayna que, se estivesse no comando, se desculparia e seguiria em frente, ressaltando que crianças não pertencem ao campo de batalha.

Essa conversa simples, mas poderosa, toca em um aspecto central da franquia “Star Wars”: a constante presença da guerra. Isso se contrapõe ao espírito aventureiro de Wim, amigo de Neel, e lembra o discurso de Rose Tico em “Star Wars: Episode VIII — The Last Jedi”, onde ela enfatiza a importância de salvar o que amamos em vez de lutar contra o que odiamos.

Com a boa recepção de “Skeleton Crew” e sua abordagem mais sensível à narrativa de guerra, a pergunta sobre se a franquia pode explorar temas além do conflito parece ter uma resposta positiva. Novos episódios de “Star Wars: Skeleton Crew” são lançados às terças-feiras às 18h PST no Disney+.

Marcações: