“Dune: Prophecy”, série prequel da HBO, se passa 10.148 anos antes dos filmes mais recentes de “Dune” e traz à tona a intrigante questão da evolução tecnológica ao longo dos milênios. No início da série, vemos a Princesa Ynez Corrino, interpretada por Sarah-Sofie Boussnina, e o espadachim Keiran Atreides, vivido por Chris Mason, utilizando escudos de corpo (chamados de escudos Holtzman) durante o treinamento com espadas. Esses escudos são semelhantes aos utilizados por personagens no filme de Denis Villeneuve.
Uma questão que surge é: por que a tecnologia, mesmo após mais de 10 mil anos, ainda parece não ter evoluído significativamente? Em nosso mundo real, a mudança tecnológica acontece em um ritmo acelerado, como a transição dos telefones com fio para celulares compactos em apenas algumas décadas.
No universo de “Dune”, a proibição de máquinas pensantes após a Guerra das Máquinas é um fato conhecido, mas a tecnologia disponível, como os escudos Holtzman, parece se manter estável e eficaz. Para entender essa situação, o produtor executivo Jordan Goldberg comentou que a tecnologia Holtzman já era uma parte estabelecida do lore de “Dune” antes mesmo do início da série.
Goldberg explicou que mostramos a aplicação da tecnologia Holtzman não apenas em escudos de corpo, mas também em carros voadores e outros dispositivos. Ele mencionou um personagem que aparece no terceiro episódio, que utiliza uma cadeira de rodas levitacional baseada nessa mesma tecnologia.
Apesar de não saber exatamente por que a tecnologia não evolui ao longo dos 10 mil anos, Goldberg insinuou que, como a tecnologia Holtzman ainda é eficiente para suas funções, talvez não haja necessidade de evolução. Segundo ele, “ainda parece bastante útil protegê-lo em um combate com espadas”.
A série “Dune: Prophecy” fomenta o debate sobre a relação do passado e futuro da tecnologia, ao mesmo tempo que coloca seus personagens em situações de combate e sobrevivência que testam os limites do que essa tecnologia pode oferecer.
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