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Super-heróis do cinema: a revolução de um ex-Troma

Super-heróis do cinema: a revolução de um ex-Troma
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James Gunn, co-CEO e co-presidente da DC Studios, carrega uma grande responsabilidade ao liderar o novo universo cinematográfico da DC. Ele está se preparando para lançar um novo filme do Superman, previsto para estrear em 11 de julho de 2025, sendo esta a primeira peça crucial para a construção desse novo universo. A responsabilidade é ainda maior, considerando que muitos personagens da DC, incluindo o Superman, entrarão em domínio público nas próximas décadas. Com experiências anteriores em produções como “The Suicide Squad” (2021) e “Guardians of the Galaxy”, Gunn apresenta uma abordagem única que promete revitalizar os filmes de super-heróis.

A trajetória de Gunn no cinema começou em Troma Studios, onde ele aprendeu a fazer filmes de baixo orçamento, desenvolvendo uma mentalidade criativa que favorece a inovação e a leveza. Ao trabalhar em uma versão paródica de “Romeu e Julieta” chamada “Tromeo and Juliet”, ele teve que se adaptar rapidamente, moldando-se como roteirista e diretor de forma prática e independente. “Quando fui contratado para escrever ‘Tromeo’, eu não tinha nem mesmo um programa de roteiro,” afirmou Gunn, refletindo sobre seu aprendizado sem origem formal no cinema.

O que distingue o trabalho de Gunn são suas narrativas centradas em personagens, com um enfoque especial em indivíduos marginalizados ou desajustados. Muitas de suas histórias são reflexivas, explorando o crescimento e a complexidade dos personagens. Por exemplo, “The Suicide Squad” destaca figuras inesperadas, revelando que até mesmo os piores vilões podem ter seu valor. Nessa linha, Gunn se inspira no ethos de Troma, que frequentemente apresenta heróis improváveis.

William “Melvin” é o protagonista de “The Toxic Avenger”, um filme icônico da Troma sobre um faxineiro tímido que se transforma em um herói mutante. O legado desse tipo de narrativa é evidente nas obras de Gunn, que busca contar histórias que combinam humor, emoção e crítica. Seus projetos não são apenas sobre a ação ou enredos grandiosos, mas trazem à tona sentimentos e relacionamentos profundos.

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Gunn não faz críticas às histórias de super-heróis por desdém, mas sim por um afeto genuíno pelo gênero. Ele brincou sobre a comparação de “The Specials” com “Citizen Kane”, valorizando o diálogo que surge ao discutir as nuances dos super-heróis. Sua vasta conhecimentos sobre personagens menos conhecidos – desde Rocket Raccoon até Bat-Mite – demonstra sua paixão.

Com a sua visão, ele planeja permitir que criadores sigam suas próprias narrativas, criando assim um ambiente onde diferentes abordagens e histórias possam coexistir. Gunn deseja que os roteiros sejam bem estruturados antes das filmagens, reconhecendo a importância do que acontece na base da criação cinematográfica. Em suma, enquanto muitos expressam preocupações sobre o futuro dos filmes de super-heróis, Gunn está preparado para trazer uma nova era ao gênero, comprometendo-se a entreter e emocionar o público com histórias autênticas e diversificadas.

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