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“Stalker 2: O novo alvo da desinformação russa”

"Stalker 2: O novo alvo da desinformação russa"
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“Stalker 2: Heart of Chornobyl”, um jogo de tiro pós-apocalíptico desenvolvido pela GSC Game World, está sendo alvo de uma campanha de desinformação russa. Falsas alegações afirmam que o jogo scaneia os computadores dos usuários para ajudar o governo da Ucrânia a “localizar cidadãos adequados para mobilização”.

Essas acusações surgiram em um vídeo de um minuto, que era falsamente rotulado com o logo da Wired, sendo compartilhado em plataformas de mídia social como o Telegram e enviado a jornalistas. O vídeo alega que um programa embutido no código do jogo coleta dados dos players, como nome do dispositivo, IP e localização, e que esses dados são enviados a cada segundo para os servidores da GSC Game World sem o conhecimento dos usuários.

Os autores do vídeo recomendam que os jogadores utilizem uma VPN ou boicotem o jogo por questões de segurança. Essa narrativa é parte de uma campanha de desinformação conhecida como “Operação Matryoshka”, que visa difundir histórias falsas que geralmente incitam desconfiança em relação a países da NATO e à Ucrânia.

Stalker 2 se tornou um símbolo de resistência ucraniana durante a invasão da Rússia, com seu desenvolvimento continuando apesar dos conflitos. A GSC Game World já tinha enfrentado dificuldades, como o bloqueio do seu site pelo governo russo após uma mensagem pedindo o fim da invasão, e tentativas de extorsão de hackers que roubaram materiais de desenvolvimento do jogo.

O jogo foi lançado na semana passada e recebeu críticas mistas, embora tenha vendido um milhão de cópias até o momento. A GSC Game World se comprometeu a corrigir problemas técnicos com atualizações, prometendo uma correção para mais de 650 questões identificadas.