Recentemente, “Stalker 2: Heart of Chornobyl” tem sido alvo de uma campanha de desinformação promovida por grupos russos, que afirmam falsamente que o jogo é usado para rastrear jogadores e ajudar o governo da Ucrânia a localizar cidadãos para mobilização. A alegação foi disseminada por meio de um vídeo enganoso, que foi associado de maneira fraudulenta a uma publicação respeitável.
O vídeo afirma que um programa embutido no código do jogo coleta dados dos jogadores e os envia para os servidores do desenvolvedor GSC Game World. Segundo essa narrativa, informações como nome do dispositivo, endereço IP e localização atual dos jogadores seriam transmitidas sem seu conhecimento. O enredo conclui que a melhor forma de proteção seria utilizar uma VPN ou até mesmo boicotar o jogo por segurança.
A disseminação dessa desinformação é parte de uma operação mais ampla, conhecida como Operação Matryoshka, cujo objetivo é saturar as redes sociais e os jornalistas com narrativas enganosas que geralmente retratam os países da OTAN e a Ucrânia de maneira negativa. O jogo “Stalker 2”, que se tornou um símbolo da resistência ucraniana durante a invasão russa, está no centro desta narrativa devido à sua relevância embutida em temas de resiliência e luta.
A GSC Game World, desenvolvedora do jogo, já foi alvo de ataques cibernéticos de hackers russos no ano passado, que roubaram material relacionado ao desenvolvimento e ameaçaram o estúdio com chantagens. A resposta da GSC foi firme, ressaltando que, como empresa ucraniana, o estúdio já enfrentou realidades muito mais terríveis devido ao conflito.
Apesar dos problemas técnicos enfrentados em seu lançamento, que ocorreu no final de novembro de 2024, “Stalker 2” recebeu uma recepção crítica mista, mas promissora. A GSC já se comprometeu a resolver os problemas do jogo, anunciando um patch que abordará mais de 650 questões identificadas após o lançamento.
A situação envolvendo “Stalker 2” destaca não apenas os desafios enfrentados pelos desenvolvedores ucranianos no contexto da guerra, mas também a luta contínua contra a desinformação que visa prejudicar a percepção pública sobre a Ucrânia e seus esforços de resistência.
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