No último episódio do Saturday Night Live, o comediante Ramy Youssef fez um monólogo de abertura que deixou muita gente rindo e pensando ao mesmo tempo. Ele falou sobre as dificuldades de ser um comediante muçulmano e árabe nos Estados Unidos, e como isso influencia seu trabalho.
Youssef, conhecido por sua série de comédia “Ramy”, que aborda a vida de um jovem muçulmano-americano, começou seu monólogo falando sobre como os árabes são sempre retratados como vilões em Hollywood. Ele lembrou de quando assistiu ao filme “Aladdin” quando era criança, e se viu torcendo pelo vilão Jafar em vez do protagonista Aladdin, simplesmente porque Jafar era árabe como ele. Ele brincou dizendo que até Jafar era mais fácil de se identificar do que os heróis.
O comediante também aproveitou a oportunidade para fazer piadas sobre sua religião. Ele falou sobre como é difícil ser muçulmano nos Estados Unidos, especialmente após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Ele contou uma história engraçada de quando estava em um avião e a aeromoça soou o alarme de segurança porque ele estava lendo um livro sobre o Islã. A situação foi constrangedora, mas ele conseguiu tirar proveito disso para criar um momento hilário em seu monólogo.
Youssef também abordou o estereótipo de que todos os muçulmanos são extremistas ou terroristas. Ele brincou dizendo que sua mãe era a pessoa mais frustrada com essa ideia, porque ela não conseguia nem fazer uma foto de família sem que todos parecessem suspeitos. Ele ressaltou a importância de não generalizar e estereotipar um grupo inteiro de pessoas com base nas ações de alguns.
Além disso, o comediante falou sobre sua própria jornada em querer trazer uma perspectiva autêntica sobre a experiência muçulmana para as telas. Ele explicou como cresceu assistindo apenas filmes e séries em que os personagens muçulmanos eram retratados como vilões ou vítimas, nunca como pessoas comuns com histórias comuns. Isso o motivou a criar sua própria série, “Ramy”, para mostrar que a vida de um muçulmano-americano pode ser engraçada, complicada e cheia de momentos humanos como qualquer outra.
No final de seu monólogo, Youssef refletiu sobre a importância da comédia em meio às divisões e tensões sociais. Ele disse: “A comédia nos permite derrubar as paredes entre nós e nos conecta através da humanidade compartilhada”. Ele encerrou com uma mensagem de esperança, dizendo que a comédia pode nos ajudar a encontrar um terreno comum e a compreender uns aos outros, independentemente de nossa religião, raça ou cultura.
Em tempos de polarização e isolamento, as palavras de Youssef são um lembrete poderoso sobre o poder da comédia em unir as pessoas. Sua franqueza e habilidade em encontrar humor nas situações mais difíceis são inspiradoras, e sua série “Ramy” é uma adição bem-vinda ao cenário televisivo atual. Esperamos ver mais talentos como ele rompendo barreiras e desafiando estereótipos através da comédia.
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