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SNL e os problemas de esquetes que não envelheceram bem

SNL e os problemas de esquetes que não envelheceram bem
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Recentemente, durante a comemoração de 50 anos do programa “Saturday Night Live”, Tom Hanks subiu ao palco e trouxe à tona um tema delicado. Ele fez uma pausa para lembrar aqueles que foram perdidos ao longo do tempo, especificamente focando nos personagens do programa que envelheceram muito mal. Essa declaração provocou uma reflexão sobre o histórico problemático da série, conhecida por seu humor ousado e por vezes ofensivo.

A realidade é que, por cinco décadas, “SNL” desafiou normas sociais e frequentemente passou por cima de sensibilidades ao explorar temas controversos. Quando pensamos em sketches como o de Buck Henry, que interpretava um babá pedófilo, precisamos reconhecer a estranha mistura de humor perturbador que eles apresentavam. Essa abordagem audaciosa, que muitas vezes deixava o público em choque, abordava temas que hoje são vistos sob uma luz totalmente diferente.

O segmento, que apresentava uma coletânea de esquetes problemáticas, começou com John Belushi em uma representação racialmente insensível. Além disso, houve piadas que levantavam questões sobre a homofobia e o assédio sexual, refletindo um legado de piadas que não respeitavam os limites do que é aceitável nos dias de hoje. O uso de maquiagem para retratar membros de diferentes etnias e a maneira como foram abordadas questões de gênero e sexualidade não foram discutidos com a seriedade que merecem.

Além disso, a omissão de menções a convidados problemáticos ao longo da história do programa, como Donald Trump, reflete uma falta de coragem. Ao ignorar a relevância do passado, a série perdeu uma chance de fazer uma reflexão mais profunda sobre suas escolhas e o impacto que teve ao longo do tempo. A exclusão de personagens como Pat, que gerou debates sobre identidade de gênero, também demonstra a resistência em enfrentar a história.

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A verdade é que “SNL” já não é mais a vanguarda da comédia, e a expectativa de que o programa fizesse uma autocrítica séria durante sua celebração de 50 anos não era realista. O programa foi construído para entreter e provocar, mas é crucial que também olhe para o seu passado e reconheça o quanto precisa evoluir. O que está claro é que, enquanto celebramos a história de “Saturday Night Live”, não podemos esquecer os erros do passado que precisam ser confrontados.

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