Robin Wright, atriz que interpretou Jenny em “Forrest Gump”, recentemente abordou as críticas que o filme recebido ao longo dos anos por supostamente apresentar uma visão machista. Durante uma entrevista ao The New York Times, Wright refletiu sobre a recepção do público em relação à sua personagem desde o lançamento do filme, em 1995.
A narrativa de “Forrest Gump”, dirigida por Robert Zemeckis, foi frequentemente criticada por “punir” Jenny, que é o interesse romântico de Forrest, vivido por Tom Hanks. Muitos consideram que a trama a castiga pelo fato de ela tentar escapar de uma rotina de abusos e buscar liberdade. Jenny acaba morrendo por uma doença misteriosa, que Zemeckis confirmou ser AIDS, após viver tempos de abuso de substâncias e se envolver com a prostituição.
Wright defende a posição de sua personagem, afirmando que “o filme não é sobre isso”. Ela mencionou que, embora algumas pessoas a vejam como o “Voldemort” da história, acredita que, embora Jenny tenha cometido erros, isso não justifica considerá-la como merecedora de punição. Em sua visão, o egoísmo de Jenny foi manifestado em suas ações, mas seu amor por Forrest sempre foi sincero.
Ela ainda comentou: “Ela estava apaixonada por ele desde o primeiro dia, mas se mostrava inconstante, se afastando e se perdendo em vícios. Quando fica doente, revela que tem um filho com Forrest e ele, mesmo assim, a acolhe”. Para Wright, essa dinâmica representa uma das histórias de amor mais tocantes do cinema.
“Forrest Gump” foi um sucesso estrondoso, arrecadando mais de 670 milhões de dólares nas bilheteiras mundiais e conquistando seis Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Direção para Zemeckis. O filme continua a ser discutido e analisado, especialmente em relação à evolução das representações femininas na tela.
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