O Reboot de ‘The Crow’ Faz Isso Melhor do que o Original:
Lançado em 1994, “The Crow”, dirigido por Alex Proyas, é considerado um clássico moderno, em parte devido à sua história e ao fato de que seu protagonista, Brandon Lee, morreu durante as filmagens. Assistir a “The Crow” é como assistir a um tributo a um ator cuja carreira foi interrompida precocemente.
Quando foi anunciado que um reboot estaria sendo feito trinta anos depois, dessa vez sob a direção de Rupert Sanders e com Bill Skarsgård enfrentando a tarefa impossível de interpretar Eric Draven, os fãs ficaram revoltados. Parecia errado reiniciar um filme que é uma experiência emocional para tantas pessoas, e além disso, Skarsgard não se parecia com a interpretação de Brandon Lee, e a divulgação prometia um clone de “John Wick”.
“The Crow” foi lançado agora e tem sido duramente criticado tanto pelos críticos quanto pelos espectadores. No entanto, este escritor realmente gostou muito do filme. A versão de 2024 de “The Crow” é tão boa quanto a original? Claro que não. Mas há uma coisa que ele faz melhor do que a versão de 1994, e isso é o relacionamento entre Eric Draven e o amor de sua vida, Shelly, interpretada desta vez por FKA Twigs. Se deixarmos o filme de 1994 de lado, podemos encontrar um filme emocionalmente poderoso na nova versão.
A relação entre Eric Draven e Shelly é um dos pontos fortes desse reboot. A maneira como seu amor é explorado e desenvolvido ao longo da narrativa é comovente. A química entre os atores é palpável, e FKA Twigs traz uma vulnerabilidade e profundidade ao papel de Shelly, tornando-a uma personagem mais tridimensional do que na versão original. O roteiro também investe tempo em explorar a história de amor entre eles, mostrando momentos de felicidade, mas também de tragédia. Essa abordagem permite ao público se envolver mais emocionalmente com o casal e se importar genuinamente com o que acontece com eles.
Além disso, o reboot apresenta uma estética visual impressionante. A direção de Rupert Sanders e a cinematografia criam uma atmosfera sombria e gótica que se encaixa perfeitamente na história de vingança de Eric Draven. Os cenários e o design de produção contribuem para essa visão distópica e sombria da cidade, criando um ambiente imersivo para a trama se desenrolar.
Outro ponto positivo desse reboot é a trilha sonora. Assim como no filme original, a música desempenha um papel importante na criação da atmosfera do filme. A seleção de músicas é eclética e variada, com canções que vão desde o rock gótico até as baladas emocionantes. Essas músicas ajudam a transmitir as emoções e a intensidade das cenas, reforçando ainda mais a conexão do público com a história.
Embora existam claramente elementos que tornam o reboot inferior ao filme de 1994, como a falta da presença carismática e magnética de Brandon Lee, o novo “The Crow” tem seus méritos. A relação entre Eric Draven e Shelly é explorada de uma forma mais profunda e emocionante, envolvendo o público de maneira genuína na trama. A estética visual e a trilha sonora contribuem para a criação de uma atmosfera envolvente e imersiva. No final das contas, embora não possa superar o legado do original, o reboot de “The Crow” oferece uma experiência cinematográfica emocionalmente poderosa por si só.
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