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Por que uma minissérie seria ideal para a obra de Shirley Jackson

Por que uma minissérie seria ideal para a obra de Shirley Jackson
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**Por que “Nós Sempre Vivemos no Castelo” seria melhor como uma minissérie**

A obra “Nós Sempre Vivemos no Castelo”, escrita por Shirley Jackson em 1962, foi adaptada para o cinema em 2018. Apesar de a adaptação cinematográfica ter seu valor, muitos críticos e fãs defendem que uma minissérie seria uma forma mais eficaz de contar a complexa história de Merricat e sua família.

**A história em resumo**

A narrativa gira em torno de Mary Katherine Blackwood, conhecida como Merricat, uma jovem de 18 anos que vive com sua irmã mais velha, Constance, e seu tio Julian em uma mansão isolada. Seis anos antes, um trágico evento resultou na morte brutal de seus pais e irmão, sendo Merricat a responsável pelos assassinatos. Apesar de ser culpada, toda a culpa recai sobre Constance, que se torna alvo de hostilidade por parte dos habitantes da cidade.

**Por que a adaptação cinematográfica falhou?**

1. **Tempo limitado de exibição:** O filme, com apenas 96 minutos, lutou para incorporar o fluxo de consciência de Merricat, além de detalhar eventos passados e presentes. Isso resultou em um ritmo apressado que tornou o enredo confuso em certos momentos.

2. **Desenvolvimento de personagens inadequado:** A narrativa do livro permite uma imersão nas motivações e psiquê de Merricat, que a adaptação cinematográfica não conseguiu retratar adequadamente. Como resultado, as ações de Merricat podem parecer irracionais para o público.

**Vantagens de uma minissérie**

Uma minissérie poderia oferecer o tempo necessário para explorar cada aspecto da história com mais profundidade.

– **Desenvolvimento da personagem Merricat:** A série poderia dedicar episódios para mostrar suas práticas de “magia simpática”, como enterrar objetos ao redor da propriedade, algo que seria difícil de ser bem desenvolvido em um filme curto.

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– **Enfoque nos segredos familiares:** Episódios poderiam detalhar a vida da família Blackwood antes da tragédia, permitindo uma melhor compreensão do contexto que moldou os personagens.

– **Exploração de Constance e Julian:** Seria possível dedicar tempo para explorar as complexidades de Constance, sua agorafobia e o segredo sombrio de Merricat. O personagem de Julian também poderia ser mais bem desenvolvido, mostrando a dinâmica familiar de forma mais intricada.

– **Análise da sociedade:** Os sentimentos de aversão da comunidade em relação aos Blackwood podem ser explorados em maior profundidade, apresentando o ponto de vista dos moradores da cidade e como eles foram influenciados pelos eventos da família.

**Outras adaptações que poderiam se beneficiar de uma minissérie**

A ideia de que algumas histórias são adequadas para o formato de minissérie não se limita apenas a “Nós Sempre Vivemos no Castelo”. Existem várias outras obras que poderiam ser melhor adaptadas desse modo, permitindo uma investigação mais profunda dos personagens e suas histórias. Exemplos incluem “O Talento de Fogo”, adaptado de livros de Stephen King, e “Regras da Atração”, de Bret Easton Ellis, que também falharam em capturar a essência das suas obras originais ao serem transformados em filmes.

Em resumo, enquanto o filme de 2018 trouxe os personagens e a história à vida, a adaptação da narrativa complexa de Shirley Jackson parece exigir uma abordagem mais cuidadosa, que uma minissérie poderia proporcionar.

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