O lançamento de “Star Wars: Episode VIII – The Last Jedi” em 15 de dezembro de 2017 provocou um grande debate entre os fãs da saga. A maneira como Luke Skywalker, interpretado por Mark Hamill, foi apresentado deixou muitos admirados, mas outros se sentiram frustrados, acreditando que ele foi “estragado”. A discussão gira em torno da complexidade do personagem e como ele foi utilizado como uma espécie de “vaso” em vez de um herói convencional.
Luke Skywalker sempre foi moldado para representar o público, seguindo a estrutura clássica de herói de Joseph Campbell. Em sua trajetória na trilogia original, Luke enfrenta desafios, mas sua personalidade é relativamente simples e frequentemente hesitante. Ele é mais um reflexo das experiências do público do que um personagem com características próprias profundas. Rian Johnson, diretor de “The Last Jedi”, menciona que esse tipo de personagem é feito para refletir as transições difíceis que todos enfrentamos, transformando-o em uma figura com a qual muitos se identificam.
Uma obra recente que aprofunda essa análise é o livro “The Empire Strikes Back: So You Want to Be a Jedi?” de Adam Gidwitz. O autor discute como personagens como Luke e Cinderella são criados para serem “vazios”, permitindo que o público se projete neles e vivencie suas jornadas. Essa ideia reforça que Luke não é moralmente complexo como outros personagens, mas um avatar que representa o espectador.
No entanto, em “The Last Jedi”, Luke passa por um desenvolvimento significativo. Embora sua relutância ainda esteja presente, o filme apresenta novos heróis e coloca Luke em uma posição de mentor. Isso provoca descontentamento, pois os fãs esperavam ver um herói convencional salvando a galáxia. Em vez disso, Luke se transforma em um guia que ajuda a nova geração, levando à frustração entre aqueles que estavam ansiosos para vê-lo em uma posição de liderança no épico.
É compreensível que muitos tenham se sentido insatisfeitos com a representação de Luke em “The Last Jedi”. O filme, disponível para streaming no Disney+, não o retrata como o protagonista que muitos desejavam. Ao invés disso, coloca um novo foco nas histórias de Rey e dos novos heróis, tornando Luke uma parte importante, mas não o centro da narrativa. Essa escolha reflete a necessidade de novas histórias em “Star Wars”, onde a evolução dos personagens é fundamental para o futuro da franquia.
O filme, dirigido por Rian Johnson, é uma continuação da saga “Star Wars” e apresenta um elenco repleto de estrelas como Daisy Ridley, John Boyega e Carrie Fisher, entre outros. Com uma duração de 152 minutos, “The Last Jedi” se destaca pela maneira como trata o legado dos personagens clássicos enquanto introduz uma nova geração de heróis para explorar as tradições e conflitos do universo “Star Wars”.
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