The Walking Dead: The Ones Who Live Temporada 1, Episódio 4 – Recapitulação: “O Que Nós”
O episódio começa com a música “Tie a Yellow Ribbon Round the Ole Oak Tree” de Tony Orlando e Dawn, enquanto Rick (Andrew Lincoln) e Michonne (Danai Gurira) emergem das águas tempestuosas onde pularam de um helicóptero do CRM no ar. O casal tira um “tempo” em um apartamento automatizado com eletricidade funcionando e evidências de que alguém viveu (vive?) ali. Michonne, furiosa com a tentativa de Rick de fazê-la escapar do Civic Republic Military sem ele, o pressiona para escrever outra carta – desta vez endereçada aos seus filhos. Filhos, no plural.
“Eu não serei a pessoa a dizer a eles que encontrei o pai deles e ele me mandou embora e escolheu não voltar para casa”, diz ela, enquanto Rick percebe: filhos? Michonne diz a Rick que eles têm um filho, chamado Rick Jr., e que ela estava grávida quando a ponte caiu. RJ está quase completando oito anos, e ele nunca conheceu seu pai. Em vez de perguntar sobre as crianças, Rick pede a Michonne para entregar o PRB para alertar o exército do Civic Republic sobre sua localização. Isso enfurece Michonne, que não reconhece esse Rick vestido de preto, soldado do CRM, que disse à sua esposa que “tudo o que tínhamos está quebrado” e “acabou”.
“Estou tentando te manter viva”, explica Rick. “Você não tem ideia com quem estamos lidando.” Eles estão lidando com Jadis (Pollyanna McIntosh) e uma força militar tão secreta que não deixam rastro de sua existência. Jadis o alertou: se Rick e Michonne escaparem juntos, o CRM os caçará, apagará eles, matará seus entes queridos e destruirá sua casa em Alexandria. As ações de Michonne arriscam expô-los, frustrando os esforços de Rick para mantê-la viva. O casal está em um impasse, cada um tentando salvar o outro.
“Eu não gosto de quem você é com eles. O que eles fazem com você”, diz Michonne, com o rosto contorcido de desprezo. “Isso não é você.” Ele responde: “Você acha que eu quero isso?” Antes que ela possa responder, ele pede novamente para entregar o PRB. Mas para Michonne, pressionar o PRB é o fim do jogo – o CRM vence. “Olhe para mim”, diz Rick, submetendo-se a um destino que ele não teve escolha a não ser aceitar. “Eles venceram há muito tempo. Eles venceram no dia em que Jadis me trouxe aqui.” Rick conta a Michonne como Jadis estava trabalhando com o CRM quando estava fugindo de Alexandria, e como ela o encontrou quase morto nas margens do rio depois da ponte. “Ela destruirá nossa casa se eu tentar sair”, explica um Rick desesperado. Ele estava fazendo Jadis deixar Michonne ir embora quando ela sabotou esses planos. Rick estava disposto a se sacrificar se isso significasse que Michonne conseguisse escapar… mas não é um sacrifício que Michonne está disposta a fazer.
“Você quer que eu vá?”, pergunta Michonne, quase com medo da resposta. “Eu quero que você viva“, responde Rick. “Ela está ameaçada por nós, porque juntos, você e eu, ela acha que podemos fazer qualquer coisa.” Michonne acredita – ela sabe – que eles podem detê-la. Mas tem que ser juntos, e somente juntos. Rick lembra a ela o que o CRM fez com Nat (Matthew August Jeffers) e seus amigos, um destino que ele quer evitar que aconteça com todos que conhecem em Alexandria. Mesmo que eles consigam chegar em casa a tempo, o que acontece depois? Michonne sugere que eles matem Jadis, então Rick a informa sobre o plano contingente de Jadis: se Jadis morrer, ela garantiu que o CRM os encontrará. Não há escapatória.
Se Rick não pode sair com Michonne e se Michonne não pode sair sem Rick, ela sugere que voltem ao CRM – juntos – encontrem as evidências dela, matem Jadis e depois voltem para casa. Juntos. “Você acha que podemos fazer qualquer coisa?”, ela pergunta ao marido. “Porque eu acredito. O que eles fizeram com você?” Rick não responde. Ele diz que eles precisam voltar. Ela pergunta novamente: “E depois disso? Você ainda me ama?” Rick diz a sua esposa: “Sempre. Eu nunca parei de te amar.”
Um trovão ensurdecedor e um clarão de relâmpago revelam o helicóptero deles, que havia caído e que está cravado no lado do prédio. Michonne salvou suas vidas, e ela ainda está tentando salvá-las. “Acabou. Então nós acabamos”, percebe Michonne. “Podemos voltar para casa.” Ela acredita que Jadis e o CRM vão pensar que Rick e Michonne morreram no acidente, mas Rick não está acionando o paraquedas ainda. “Eu não estou indo para casa”, ele diz a ela.
Michonne passa a enxergar as coisas mais claramente à luz do dia. Ela se lembra do que Nat lhe disse: “Eu sei como isso acaba”. Ela sente como Rick Jr. – “Aquele sobre o qual você não perguntou nada” – se chama “Pequeno Homem Bravo” e conta a história do “Homem Bravo”. Ela repete as palavras de Nat: “Eu sei como isso acaba”. Ela lembra a ele que a vida deles os matava, que ficavam rastejando na sujeira e perdendo pessoas que amavam, contra-argumenta Rick, “e o CRM parecia uma maneira ou uma chance de parar com isso. Não se render a isso – lutar, por todos.”
“Este lugar não é sua responsabilidade”, diz Michonne a Rick. “Você tem uma família.” Okafor se foi, e Thorne é “um deles agora”, então Rick é o único que resta para continuar sua missão. Michonne contra-argumenta que era a missão de Okafor – não de Rick. Ele está tentando manter sua família segura, talvez mudando o CRM, que pode vir atrás de sua casa e colocá-los em perigo? Para essas incertezas, Michonne pergunta a ele: “Você não vai voltar comigo, para sua vida? Seus filhos?” Para Rick, não é uma escolha. “Eu não quero fazer isso”, lembra a ela. “Eu tenho que fazer isso.”
Michonne acreditou um pouco mais, mas a rejeição de Rick a obriga a sair – a voltar para casa com seus filhos sem ele. “Você está mentindo, e vai perceber, e será tarde demais”, diz Michonne, fechando a porta para o relacionamento dela e de Rick enquanto sai com o coração partido e de mãos vazias. Como Nat disse, você precisa saber quando ir… e é hora de ir. Rick fica para trás no apartamento, parado no limiar da maior decisão de sua vida. A porta se abre, e Rick vai atrás de Michonne.
As lâminas giratórias de outro helicóptero do CRM e os grunhidos dos mortos são a trilha sonora da fuga de Rick e Michonne enquanto eles lutam contra uma horda de mortos-vivos para chegar ao térreo. O helicóptero dispara um míssil no local do acidente, encobrindo qualquer evidência de sua existência… e quase derrubando o prédio. A explosão faz com que o prédio desabe, forçando Rick e Michonne a atravessar uma parede de caminhantes e chegar aos níveis inferiores do prédio.
Rick e Michonne encontram um reduto. Dentro da sala está uma carta deixada pelo cadáver de Lakshmi Patel, a última moradora do prédio. A carta revela que o prédio pertence a Greenwood, uma comunidade autossustentável de inovadores com mentalidade semelhante que vivem fora da rede para criar um amanhã novo e esperançoso. O lema de Greenwood, “Progresso e Redenção Através da Inovação”, se tornou uma “piada doentia”, diz a carta de Lakshmi. Ela tirou a própria vida. “Não consigo suportar mais um dia assistindo à nossa missão morrer. Sinto muito. Que eu seja lembrada como alguém que se recusou a deixar o mundo do jeito que eu o encontrei.”
Michonne vê Greenwood como um exemplo do que acontece quando as pessoas tentam salvar o mundo do seu próprio jeito. Rick garante a Michonne que ele encontrará uma maneira de impedir o CRM de matar pessoas inocentes, e ela ainda não entende. “Isso é sobre acabar com o inimigo”, diz ele, contestando a alegação de Michonne de que isso não é ele. Ele daria tudo – sua mão, sua vida – por ela. “Isso não é eu? Isso é o que eu preciso fazer para te manter segura!” Para isso, Michonne diz gentilmente: “O único momento em que me sinto segura é quando estou com você. Não precisamos ter medo, Rick.” Mas ele tem, e eles têm. “Eu não sou o Homem Bravo”, ele responde. “Você não deveria ter vindo.”
Ela desabafa com Rick por escolher o CRM em vez dela e de sua família. Ela não sabe quem Rick é mais. Mas quando o prédio começa a desabar sobre eles, Rick se recusa a deixar Michonne quando ela fica presa entre destroços e caminhantes. O casal fica preso pela massa de mortos-vivos, então eles retrocedem para o andar de cima do prédio que ainda não está cedendo sob o peso do mundo desabando ao seu redor. De volta à segurança do apartamento de Lakshmi, a experiência quase mortal mostrou a Michonne que ela sabe quem Rick é. Ele é o homem que ela amou e perdeu, depois perdeu e amou novamente. Rick e Michonne se entregam ao amor pela primeira vez em anos.
A próxima cena é pós-coito, com Rick e Michonne enroscados na cama enquanto ele pergunta sobre seu filho. Ela diz a ele que ele é teimoso, “assim como o papai”, ao que Rick responde: “assim como a mamãe”. Acima de tudo, ela diz, RJ tem o coração bom e gentil do pai, e isso é o que mais a lembra de Rick. A conversa se volta para o destino da comunidade de Greenwood – os caminhantes estarem tão magros sugere que eles morreram de fome. Mesmo que eles tivessem cultivos, diz Rick, às vezes as colheitas falham. Lembrando a história da fazenda de seu pai, “Uma má colheita… algo tem que queimar para trazer de volta.” Se ele puder mudar o CRM – queimar o que está errado para trazer de volta o que é bom – há uma verdadeira chance para as futuras gerações crescerem a partir disso.
Michonne compartilha sua própria história: a cicatriz em forma de “X” em suas costas que aconteceu quando ela estava grávida de sete meses de seu filho. Ela conta a ele como eventualmente parou de procurar o corpo de Rick depois da ponte, e como continuou a acreditar que ele não tinha ido embora para sempre. Ela continua acreditando nisso. Ao olhar para a mão amputada de Rick, é a prova do que Rick estava disposto a fazer para tentar escapar… para voltar para casa com ela. Ele ainda está tentando. Mas ele ainda não chegou lá. Ele poderia ter apertado o botão, mas não o fez. “Você diz que não pode voltar para casa, mas eu não acho que você possa voltar”, Michonne diz a ele. “Sinto muito pelo que fizeram com você.”
O prédio começa a ceder, então Rick diz que é hora de sair. “Nat costumava dizer ‘Você precisa saber quando ir'”, diz Michonne a ele, e ainda não é hora de ir. Eles não vão a lugar nenhum até decidirem: o que vem depois? Ela pede a ele para contar por que ele a procurou quando ela partiu. Ela precisa ouvi-lo dizer isso. “Você é o amor da minha vida”, diz Rick a Michonne. “Eu simplesmente não pude deixar você ir. Parecia que meu coração se arrancou do meu peito e saiu pela porta.” Então, por que ele não pode voltar para casa? Por que eles não podem ficar juntos?
Ela confessa que não fala com Judith há muito tempo. Ela estava fora de alcance e depois ficou escondida em um shopping se recuperando com Nat por um ano inteiro depois que um helicóptero do CRM os bombardeou com gás cloro. “Eles nos tiraram tanto”, diz Michonne. “Por que dar a eles mais?” A esperança de Rick no CRM, o sacrifício de Rick – “Isso não é real. Nós, sua família, somos reais. Eu sou real”, diz ela. “Nosso amor? Isso não pode ser negado.” O que Rick está fazendo a machuca. Ele a machuca. “Isso não é como você ama. O que eles fizeram com você? O que eles tiraram de você?”
O desespero de Rick é pelosur Carl. “Eles tiraram Carl. Eu o perdi de novo”, confessa ele. Rick sonhava com seu filho. Ele sonhava com os passeios que ele faria com Carl para a fazenda dos Ross quando seu filho tinha três anos. “Eu me encontrava com Carl nos meus sonhos, e foi assim que eu sobrevivi aqui”, diz Rick. Isso o mantinha vivo. Rick lutou para escapar, repetidamente, mas não conseguiu. E então Carl se foi. Rick começou a sonhar com Michonne. Eles se apaixonariam de maneiras diferentes, e isso o fazia continuar… e então ela também se foi, queimada pelo CRM. “Eu não conseguia mais ver o seu rosto, assim como não conseguia ver o de Carl. Eu não consigo viver sem você. Sem você, eu morro”, diz Rick a Michonne. “E eu descobri como fazer isso. Eu sei como estar morto e ainda vivendo.” Mas se Rick perder Michonne novamente, ele não será capaz de “descobrir como morrer tudo de novo”.
“Pelo menos, se eu acreditar que você viverá mais do que eu sem saber se isso é verdade, posso apenas acreditar que é”, soluça Rick. Mas vendo essa perda, perdendo Michonne? “Eu não sobreviverei a isso”, ele diz. “Eu simplesmente não vou.” Michonne dá a Rick um telefone com o retrato de Carl e pergunta a ele o que Carl gostaria para seu pai. “Apesar de todas as probabilidades, de todos os anos, eu encontrei você, Rick. Eu vim aqui através do inferno que ambos passamos para te levar para casa. Você acha que isso é tudo para nada? Para apenas seguirmos caminhos separados? Não”, diz Michonne para ele, suavemente. “Nós vamos para casa, Rick, e descobrimos como protegê-la juntos. É assim que fazemos tudo fazer sentido. Nós nos amamos, o máximo que pudermos, enquanto pudermos.”
Esse amor não será negado. Rick e Michonne escapam do prédio enquanto ele desmorona, queimando-se enquanto seu amor se acende de novo. O casal encontra um último presente de Greenwood – um carro elétrico híbrido com tanques de etanol suficientes para chegar em casa – e embarcam. “Claramente, eles achavam que poderiam fazer qualquer coisa”, diz Michonne sobre a comunidade de inovadores que agora é cinza e escombros. “Mas nós podemos”, responde Rick, citando algo que Michonne lhe dizia em seus sonhos: “‘Nós podemos fazer este maldito mundo nosso se quisermos'”.
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