O filme “Shark Tale”, lançado em 20 de setembro de 2004, se tornou um clássico nas famílias durante os anos 2000, com sua animação cativante, elenco talentoso de dubladores e uma trilha sonora marcante. No entanto, embora a história de Oscar, um peixe subestimado que afirma ter matado o filho de um tubarão mafioso, tenha conquistado a audiência, o filme apresenta diversas imprecisões sobre a vida marinha e a ecologia dos oceanos.
Aqui estão algumas das inverdades que “Shark Tale” retrata sobre o oceano:
1. **Representação Irreal do Oceano:** O filme oferece uma visão do oceano como um vibrante cenário animado onde peixes conseguem emprego e vivem sob o capitalismo. Essa representação fantasiosa ignora a complexidade da vida marinha real.
2. **Condição dos Tubarões:** Embora o título sugira que os tubarões são os governantes dos mares, a realidade é bem diferente. Os tubarões estão ameaçados de extinção, com um estudo indicando uma queda de 71% em suas populações nos últimos 50 anos.
3. **Culões na Cadeia Alimentar:** Diferente do que é mostrado no filme, os tubarões não estão no topo da cadeia alimentar. Orcas, por exemplo, podem predar tubarões, o que coloca em cheque a imagem de tubarões como mafiosos temidos.
4. **Relação Mutualística:** O personagem Oscar é baseado na espécie de peixe limpa-tingida, que tem uma relação mutualística com tubarões, alimentando-se de parasitas que vivem em seus corpos. Portanto, o medo de Oscar em relação aos tubarões é infundado.
5. **Dinâmica Familiar dos Tubarões:** O filme retrata tubarões com um papel parental, o que é biologicamente incorreto, já que a maioria das espécies de tubarões não cuida dos filhotes após o nascimento.
6. **Erros de Identidade de Espécies:** O design de personagens, como o da tubarão Lola, não representa corretamente as características das espécies de peixes reais, levando a confusões sobre suas biologias.
7. **Geografia do Oceano:** A localização do esconderijo da máfia, supostamente no fundo do mar, é representada como sendo no local do naufrágio do Titanic, que fica no Atlântico Norte, longe do cenário tropical do filme, a menos que se considere correntes oceânicas fantásticas.
Essas falhas na representação do oceano levantam questões sobre a necessidade de precisão científica em filmes de animação, especialmente quando se trata de espécies ameaçadas e ecossistemas delicados. Apesar disso, muitos espectadores ainda desfrutam do entretenimento que “Shark Tale” oferece, provando que, em última análise, o sucesso de um filme pode vir de sua capacidade de contar uma história cativante, em vez de sua precisão científica.
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