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O Multiverso dos Super-heróis: Uma Análise Profunda

O Multiverso dos Super-heróis: Uma Análise Profunda
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Nos anos 2010, os filmes de super-heróis começaram a adotar o conceito de “universo cinematográfico” como base de suas narrativas. Isso significa que diferentes franquias, cada uma com seus personagens principais, habitavam um mesmo universo e podiam se cruzar. Na década de 2020, a evolução levou essas histórias para o multiverso, onde versões passadas de super-heróis também existem e interagem com as atuais. Essa abordagem, muitas vezes, serve como uma forma de nostalgia e humor interno, como a aparição de Michael Keaton como Batman em “The Flash”. Contudo, ultimamente, somente um filme se destacou por utilizar o multiverso de maneira verdadeiramente coerente com a ficção científica: “Justice League: Crisis on Two Earths”, lançado em 2010 e dirigido por Sam Liu e Lauren Montgomery, com roteiro de Dwayne McDuffie.

Em “Crisis on Two Earths”, a Liga da Justiça enfrenta seus duplicados de uma realidade alternativa, conhecidos como Crime Syndicate, que almejam dominar seu próprio mundo. O filme tem uma backstory interessante, pois foi originalmente escrito para se conectar à série animada da “Justice League”. Inicialmente intitulado “Justice League: Worlds Collide”, o projeto foi cancelado, mas, após alguns anos, a história foi produzida como um recurso autônomo, passando por algumas alterações e adotando um estilo artístico diferente.

Embora “Crisis On Two Earths” não tenha a ousadia estética das animações “Spider-Verse”, o roteiro mantém a narrativa viva. A ideia do multiverso já é uma constante nos quadrinhos, com os super-heróis usando mundos paralelos para satisfazer os fãs. Um dos exemplos clássicos dessa abordagem é “The Flash of Two Worlds”, publicado em 1961, que apresentou Jay Garrick e Barry Allen como Flashes de universos diferentes.

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A história do filme também aborda a natureza do multiverso de forma mais filosófica, especialmente através do vilão Owlman, um Batman maligno, que vê o vasto multiverso como um símbolo de nada. Para ele, “cada decisão que tomamos é sem sentido, porque em outra Terra paralela, já tomamos a decisão oposta. Nós somos nada. Menos do que nada.”

Woods oferece uma performance intrigante como Owlman, que acredita que a única ação com algum propósito seria destruir a “Earth-Prime”, acreditando que isso causaria a destruição de todas as realidades. Essa visão sombria contrasta com a ética de Batman, que busca fazer a diferença no mundo, acreditando que a sobrevivência da humanidade e suas escolhas são significativas. A mensagem central de “Justice League: Crisis on Two Earths” exemplifica que somos a soma de nossas escolhas distintas, mesmo em meio ao caos do multiverso.

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