A produção de “O Poderoso Chefão”, lançado em 14 de março de 1972, teve um início marcado por desafios e conflitos que revelaram a complexidade de transformar uma ideia em um clássico. O escritor Mario Puzo, autor da obra, estava passando por dificuldades financeiras devido a dívidas de jogo e isso influenciou diretamente sua decisão de vender os direitos de sua história à Paramount Pictures. Puzo inicialmente hesitou, mas a urgência de sua situação financeira o levou a aceitar a oferta de $12.500, além de uma promessa de $80.000, caso o projeto fosse produzido.
Paramount havia se interessado pela obra de Puzo antes mesmo de ela ser publicada, quando um colaborador da empresa descobriu um manuscrito de 150 páginas intitulado “Mafia”. Peter Bart, vice-presidente de produção, acreditava que a história tinha potencial. Assim, ele se apressou em garantir os direitos antes de outro estúdio fazê-lo. Durante esse período, Puzo revelava que precisava urgentemente de $10.000 para cobrir suas dívidas de jogo, o que acabou ajudando na concretização do acordo.
O tumulto não ficou restrito apenas aos acordos financeiros. A produção do filme foi repleta de tumultos, incluindo a interferência da família criminosa Colombo e disputas internas entre o diretor Francis Ford Coppola e membros da equipe. Contudo, apesar dos problemas, “O Poderoso Chefão” emergiu como um ícone cinematográfico. O filme arrecadou quase $300 milhões nas bilheteiras e conquistou três Oscars das dez indicações que recebeu, solidificando o status de seus atores, como Marlon Brando e Al Pacino, que se tornaram estrelas reconhecidas mundialmente.
A trajetória de Mario Puzo apenas melhorou após o sucesso do filme. Sua obra alcançou a lista de mais vendidos do New York Times por 67 semanas, vendendo mais de nove milhões de cópias em dois anos. Ele recebeu $375.000 pela publicação do livro e também se tornou co-roteirista da adaptação cinematográfica e de suas sequências, garantindo assim um lugar na história do cinema.
Entretanto, o sucesso teve um impacto diverso na vida familiar de Puzo. Embora ele tenha prosperado, seus filhos sentiam que ele foi subvalorizado, especialmente considerando o lucro estimado em cerca de $1 bilhão que a Paramount obteve com a franquia. Em 2012, a propriedade de Puzo entrou em uma disputa legal com a Paramount após a empresa tentar impedir a publicação de um prequel, “The Family Corleone”. Apesar do conflito, um acordo foi alcançado, permitindo que a empresa continuasse a produzir novos filmes da franquia.
O legado de “O Poderoso Chefão” continua a impactar o gênero de filmes de máfia e gangster, e a história por trás de sua criação é tão fascinante quanto o próprio filme. Atualmente, o filme pode ser assistido na plataforma Paramount+.
Filmes, séries, músicas, bandas, clipes, trailers, críticas, artigos, uma odisseia. Quer divulgar o seu trabalho? Mande seu release pra gente!