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O Fim da Guerra dos Consoles: Um Novo Caminho para os Games?

O Fim da Guerra dos Consoles: Um Novo Caminho para os Games?
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Shawn Layden, ex-chefão do PlayStation Studios, compartilhou suas perspectivas sobre o futuro das consoles de vídeo game em uma entrevista recente, que faz parte das celebrações do 30º aniversário do PlayStation. Ele expressou preocupações sobre a busca incessante por orçamentos cada vez mais altos na indústria de jogos, além de reflexões sobre o impacto do desenvolvimento de jogos AAA nas inovações e na diversidade de experiências de jogo.

Layden começou discutindo a falta de inovação nos jogos atuais, observando que novos gêneros parecem surgir mais frequentemente entre os desenvolvedores independentes. Ele enfatizou que o alto custo de desenvolvimento dos jogos AAA, que pode ultrapassar centenas de milhões de dólares, pressiona as empresas a evitarem riscos, resultando em muitos produtos semelhantes e sequências.

Em relação ao crescimento das gerações de consoles, ele apontou que, ao longo dos anos, nenhum console alcançou mais de 250 milhões de unidades vendidas. A aparente “competição” não é entre Xbox e PlayStation, mas com outras formas de entretenimento, como TikTok, que estão tirando os jovens do universo dos games.

Layden acredita que a indústria precisa reconsiderar o custo de desenvolvimento, que cresce de forma exponencial com cada nova geração. Ele mencionou que enquanto jogos que custavam 1 milhão de dólares na época do PlayStation 1 agora podem custar 150 milhões ou mais, as expectativas de tempo de jogo precisam mudar. O público jovem, que tinha muito tempo livre para jogar, agora é adulto e “pobre de tempo”, refletindo a necessidade de criar experiências mais concisas e envolventes.

A entrevista também trouxe preocupações sobre como as gerações de consoles não têm grandes saltos tecnológicos atuais e como isso pode impactar a sua sustentabilidade a longo prazo. Layden sugeriu que os consoles podem se tornar irrelevantes em um futuro próximo, ciente de que os desenvolvedores devem focar na qualidade do conteúdo e não na rivalidade de plataformas.

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Por último, Layden sinalizou uma possível mudança na forma como as empresas encaram seus produtos, sugerindo que a competição deve se basear no conteúdo, ao invés de na hardware ou na plataforma específica. Essa nova visão pode abrir caminho para uma era onde o que importa é a experiência do usuário, e não a marca do console utilizado.

As reflexões de Layden oferecem um olhar profundo e provocador sobre o futuro dos jogos, à medida que a indústria se adapta a novas dinâmicas e desafios no mercado.