Pular para o conteúdo

O filme menos querido de Daniel Day-Lewis segundo críticos

O filme menos querido de Daniel Day-Lewis segundo críticos
Avalie este artigo

O filme “Nine”, lançado em 2009, é frequentemente considerado o pior de Daniel Day-Lewis, com uma desaprovada classificação de apenas 39% no site Rotten Tomatoes. Apesar de ter sido indicado a quatro Oscars, incluindo Melhor Atriz Coadjuvante para Penélope Cruz, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino e Melhor Canção Original, a crítica o recebeu com desdém.

Baseado em um musical da Broadway de 1982, “Nine” segue a vida de Guido Contini, interpretado por Day-Lewis, um diretor de cinema em crise de meia-idade que teme a monotonia de sua vida. O enredo parece ter uma conexão com o famoso filme italiano “8½”, de Federico Fellini, que trata das complicações internas de um artista em meio a um colapso criativo. Contudo, muitos críticos consideraram que a adaptação não conseguiu capturar a essência do material original.

A direção de Rob Marshall gerou expectativas, especialmente após seu sucesso com “Chicago” em 2002. No entanto, “Nine” não conseguiu corresponder a essas expectativas. O filme revelou-se confuso para aqueles que não estavam familiarizados com o trabalho de Fellini e, ao mesmo tempo, careceu de apelo para os admiradores do cineasta. A essência profundamente pessoal da narrativa de Fellini não foi totalmente transposta para o palco ou, subsequentemente, para a tela.

Em 2009, a temática de um artista masculino lidando com a perda de seu desejo sexual já parecia batida. Isso, somado ao tom sombrio e mal iluminado do filme, resultou em uma experiência cinematográfica que não agradou ao público. A presença de estrelas como Kate Hudson, Nicole Kidman e Judi Dench não foi suficiente para salvar a trama, que se viu dominada pela figura insegura de Day-Lewis em vez de permitir que as atrizes brilhassem.

Leia Agora  Michael Jackson quase teve papel em Blade 2, entenda!

A recepção crítica foi rigorosa. Críticos notaram que a montagem das músicas não se integrava à narrativa principal. Alguns, como Roger Ebert, consideraram o filme desnecessário, dada a existência de “8½”, enquanto outros, como Alissa Wilkinson, o descreveram como cansativo e sem inspiração. A prostituição artística em busca de prêmios, segundo muitos, foi seu grande pecado, resultando em uma obra que não encontrou sua identidade, ou seu público.

“Nove” não conquistou nenhum Oscar, mas deixou uma marca como um exemplo de como a combinação de um elenco de estrelas e uma direção renomada não garantem sucesso se a essência do material não é corretamente respeitada.

Marcações: