“Castlevania: Nocturne”, a sequência da popular série “Castlevania”, lançou sua segunda temporada no dia 18 de janeiro de 2025. Esta nova fase traz um desenvolvimento intrigante na narrativa, concluindo diversas tramas deixadas na temporada anterior, mas ao mesmo tempo, intensifica um dos maiores mistérios da série: a origem das criaturas da noite criadas por Abbott Emmanuel, interpretado por Richard Dormer.
Na série original, as criaturas da noite são geradas por forjemestres, humanos que utilizam um tipo específico de magia sombria para canalizar almas do inferno em corpos mortos, transformando-os em seres monstruosos. Cada forjemestre usa uma ferramenta única para realizar seus feitiços, e os monstros que criam geralmente não possuem a mesma alma que tinham em vida, sendo em sua maioria criaturas sem consciência.
Entretanto, algo se altera na nova série. Emmanuel utiliza uma máquina poderosa e arcana para criar as criaturas da noite, fazendo isso de maneira mais rápida e, aparentemente, com resultados distintos, pois muitas das criaturas parecem reter sua humanidade e livre arbítrio. Um exemplo marcante é Edouard, vivido por Sydney James Harcourt, que apresenta traços de humanidade na segunda temporada. Embora a continuação não revele completamente o porquê disso, ela sugere pistas que ampliam o mistério.
### Por que as criaturas da noite em “Castlevania: Nocturne” mantêm suas almas?
Um possível esclarecimento para o fenômeno intrigante das criaturas da noite é que o método alternativo de Emmanuel resulta em seres diferentes. Na segunda temporada, muitos soldados do exército revolucionário francês que são transformados em monstros conseguem preservar alguns traços de autonomia, como é o caso de Edouard, que os utiliza contra Erzsebet Báthory (Franka Potente). Além disso, a máquina de Emmanuel transforma Drolta Tzuentes (Elarica Johnson) em uma híbrida de vampiro/criatura da noite após ser morta por Alucard, permitindo que ela ande à luz do dia, mantendo parte de sua identidade anterior.
No primeiro ano, Emmanuel faz uso de um livro de feitiços enochianos para operar sua máquina. Após sua morte na segunda temporada, Olrox (Zahn McClarnon) examina o livro e encontra um espírito sombrio, chamado de “Velho Coyote” ou “Mefistófeles”. Esse ser, cuja verdadeira identidade e intenções permanecem obscuras, parece ter manipulado Emmanuel, sugerindo que os métodos utilizados por ele podem não ter sido os tradicionais dos forjemestres, o que explicaria as peculiaridades nas criaturas que criou. E como foi a máquina que realmente gerou os seres, além das possíveis manipulações, a lealdade deles a Emmanuel não é garantida.
### Existe mais sobre a magia em “Castlevania”
Apesar de haver muitas incertezas sobre a magia dos forjemestres em “Castlevania”, isso não se configura como uma falha na trama. A franquia sempre se destacou por adotar uma interpretação mais flexível de seu folclore sobrenatural, ao invés de seguir os sistemas de magia rígidos comuns em outras histórias de fantasia. Cada personagem, como Annette (Thuso Mbedu), Richter (Edward Bluemel) e Juste (Iain Glen), emprega tipos variados de magia, demonstrando a diversidade no universo “Castlevania”.
A série “Nocturne” amplia o escopo deste universo, explorando novas mitologias que se entrelaçam com o tradicional lore vampírico dos jogos, criando uma narrativa fascinante. A expectativa é que Netflix renove a série para mais uma temporada, proporcionando um aprofundamento ainda maior sobre como esses diversos elementos sobrenaturais coexistem e se inter-relacionam.
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