Martin Scorsese enganou a MPAA para evitar uma classificação NC-17 em ‘Casino’
Obter uma classificação NC-17 da Motion Picture Association of America é o pesadelo de qualquer cineasta. Essa classificação, introduzida em 1990 como substituta da classificação “X”, impede a maioria do público de assistir a um filme e impõe restrições significativas à quantidade de material de marketing que um estúdio pode produzir. Filmes classificados como NC-17 raramente são lançados, pois significam potencial ruína final para qualquer estúdio que os financie. Na maioria das vezes, os cineastas são obrigados a apelar para o MPAA e “editar” o filme para obter uma classificação mais baixa. É lamentável que os cineastas sejam forçados a seguir esses parâmetros de conteúdo, e há mais do que alguns clássicos que evitaram por pouco o rótulo NC-17. Embora Martin Scorsese tenha enfrentado várias controvérsias ao longo de sua carreira, ele quase obteve uma classificação NC-17 devido à extrema violência em seu drama criminoso de 1995, “Casino”.
O diretor Martin Scorsese poderia ter recebido uma classificação NC-17 por seu violento drama criminoso de 1995, “Casino”, mas ele encontrou uma maneira de enganar a junta de classificação. Ao longo de sua carreira, Scorsese enfrentou desafios ao equilibrar a violência gráfica de seus filmes com o desejo de alcançar um público amplo. Em “Casino”, ele emprega cenas de violência intensa que contribuem para a narrativa e a atmosfera do filme. No entanto, essas cenas poderiam facilmente resultar em uma classificação NC-17, o que limitaria severamente a audiência potencial e o sucesso comercial do filme.
Para evitar essa classificação restritiva, Scorsese precisou encontrar uma solução inteligente. Ele decidiu adicionar uma única cena de confronto particularmente gráfica e sangrenta ao filme. Isso, ironicamente, distraindo a atenção da junta de classificação dos momentos de violência mais sutis presentes no restante do filme. O plano deu certo, e “Casino” acabou recebendo uma classificação R, permitindo que o filme fosse amplamente divulgado e distribuído.
Essa tática de Scorsese demonstra a complexa relação entre os cineastas e a classificação etária. Eles muitas vezes enfrentam a difícil tarefa de contar histórias de maneira autêntica, incluindo elementos de violência que podem ser desconfortáveis para algumas audiências, ao mesmo tempo em que buscam um público amplo e o sucesso comercial. Embora a classificação etária seja essencial para garantir que os pais possam fazer escolhas informadas sobre quais filmes seus filhos podem assistir, também pode restringir a liberdade criativa e limitar o alcance e a diversidade dos filmes produzidos.
No caso de “Casino”, a estratégia de Scorsese demonstrou sua astúcia como diretor. Ele conseguiu enganar a junta de classificação, garantindo que seu filme não fosse reduzido ou censurado para atingir um patamar mais baixo de classificação. Ao adicionar uma cena ainda mais violenta do que as demais, ele desviou a atenção da violência mais sutil e conseguiu obter uma classificação R, que ainda permitia que o filme fosse assistido por um público mais amplo.
É importante reconhecer que a classificação etária não é uma ciência exata, e diferentes culturas e contextos podem influenciar a percepção de violência e conteúdo adulto. O que pode ser aceitável em um país pode ser considerado tabu em outro. Portanto, é essencial que exista uma discussão contínua sobre os critérios de classificação etária e a liberdade criativa dos cineastas.
Em suma, Martin Scorsese encontrou uma maneira inteligente de evitar uma classificação NC-17 para seu filme “Casino”. Ele despistou a junta de classificação adicionando uma cena particularmente violenta e gráfica, desviando a atenção da violência mais sutil do restante do filme. Essa tática demonstra a complexa relação entre os cineastas, a classificação etária e a liberdade criativa. No final das contas, Scorsese conseguiu obter uma classificação R, permitindo que “Casino” alcançasse um público mais amplo.
Filmes, séries, músicas, bandas, clipes, trailers, críticas, artigos, uma odisseia. Quer divulgar o seu trabalho? Mande seu release pra gente!