Você já parou para pensar na sua infância e nas memórias que você tem dos jogos que jogou? Muitas vezes, a casa em que crescemos é o cenário onde vivemos nossos momentos mais marcantes, principalmente quando se trata de video games. Quando essa casa deixa de ser sua, é uma sensação estranha e nostálgica.
A primeira memória de jogos que tenho é do Amstrad CPC 464, que tinha um monitor verde. Apesar de ser bem pequeno, lembro de um jogo chamado Super Stunt Man, e é curioso como, na minha mente, tudo nesse momento parecia ter um tom avermelhado, exceto a tela verde. É difícil explicar para as crianças de hoje, que cresceram vendo Netflix e jogando em consoles modernos, como era ter uma tela que só mostrava uma cor.
Com o tempo, meu próximo computador foi o Commodore 64, que eu tinha em uma TV colorida, o que fez toda a diferença. Comprei um pacote que vinha com uma coleção de jogos que passavamos horas jogando, especialmente Michael Jackson’s Moonwalker. Mas, por mais que as lembranças dos jogos sejam marcantes, o que mais me vem à mente são as situações e momentos compartilhados.
Crescer em uma casa cheia de gente tinha suas particularidades. Eu morava com minha mãe, meu irmão, e o restante da família. Apesar de ser uma casa pequena, nunca me senti apertado. Havia um sentimento de pertencimento, de ter espaço para brincar e jogar junto das pessoas que amava.
Entre os jogos, tinha meu Master System, que foi o primeiro console que tivemos. E mesmo com o N64, que causou grande animação na família, tínhamos que adaptar a sala para caber tudo. Aconteceram momentos divertidos, como o dia em que a família se juntou para jogar Super Mario 64, algo incrível para a época.
Uma parte importante da minha história de jogos também envolvia meu tio, que estava sempre presente e nos ajudou a comprar jogos e consoles. Lembro-me de um dia em que ele foi comigo comprar um PlayStation e Time Crisis, criando um espaço arcade em nossa sala de estar. É semelhante a como hoje em dia noto meu filho jogando Fortnite, mas agora com controles sem fio.
Com o passar do tempo, o lançamento do PS2 foi um dos momentos mais esperados. Lembro de quando não conseguimos fazer a pré-venda e acabamos comprando um modelo japonês antes do lançamento oficial. Era uma mistura de excitação e desconforto quando minha mãe pedia para o vendedor demonstrar o console na sala.
Cada um desses momentos construiu parte da minha identidade como gamer. Portanto, quando soube que a casa da minha infância seria colocada à venda, todas essas memórias vieram à tona. O sentimento de despedida foi forte, mas a lembrança do que vivi lá sempre ficará comigo, assim como os jogos que me moldaram ao longo do caminho.
![Você já parou para pensar na sua infância e nas memórias que você tem dos jogos que jogou? Muitas vezes, a casa em que crescemos é o cenário onde vivemos nossos momentos mais marcantes, principalmente quando se trata de video games. Quando essa casa deixa de ser sua, é uma sensação estranha e nostálgica. Você já parou para pensar na sua infância e nas memórias que você tem dos jogos que jogou? Muitas vezes, a casa em que crescemos é o cenário onde vivemos nossos momentos mais marcantes, principalmente quando se trata de video games. Quando essa casa deixa de ser sua, é uma sensação estranha e nostálgica.](https://odisseiapop.com.br/wp-content/uploads/2023/07/icone-e1692203349551.png)
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