O filme “Joker: Folie à Deux”, sequência do aclamado “Joker” de 2019, tem gerado intensas discussões e reações polarizadas entre os fãs e críticos. Desde sua estreia, que ocorreu no último fim de semana, o filme enfrentou um fluxo de críticas negativas e uma recepção mista nas redes sociais. Muitos fãs notaram que a narrativa parece desmantelar elementos cruciais da história do primeiro filme e têm especulado sobre a real intenção por trás da sequência, acreditando que pode ser uma crítica ao fandom tóxico.
Todd Phillips, o diretor, se manifestou sobre essa interpretação durante uma entrevista. Ele esclareceu que a intenção do filme não era abordar a toxicidade do fandom, mas sim explorar a psicologia de Arthur Fleck, interpretado por Joaquin Phoenix. Phillips afirmou: “Nunca se tratou de abordar fandom tóxico, mas da ideia do que acontece quando algo é imposto a você, e então o que ocorre na pior situação, se você finalmente encontra amor em sua vida ou pensa que encontra, mas essa pessoa ama o personagem que você representa, e não quem você realmente é.”
Entre as muitas queixas sobre “Joker: Folie à Deux”, algumas fãs da primeira parte acham que a sequência ignora o desenvolvimento do protagonista, Arthur Fleck, que, no filme anterior, abraçou sua identidade de Joker. Contudo, neste novo longa, ele parece ser retratado de forma completamente diferente e mais desolada. Phillips defende que Arthur nunca foi o “verdadeiro” Joker, uma imagem que foi imposta a ele pela sociedade. “Ele percebe que se vestir de palhaço e passar maquiagem não muda nada. Ele sempre foi Arthur Fleck”, afirmou Phillips.
Além disso, outras críticas rondam a transformação do filme em um musical, a recepção do final, que deixou algumas perguntas sem resposta, e o papel de Lady Gaga como Harley Quinn, considerado subaproveitado. Os fãs continuam debatendo sobre as motivações da sequência e por que ela se difere tanto do primeiro filme.
A discussão se intensifica, especialmente após os fracos resultados de bilheteira, fazendo com que alguns especulem que a estratégia de Phillips pode ter sido uma autossabotagem. Durante a promoção do primeiro filme, ele afirmou que era uma narrativa única, mas a imensa arrecadação de um bilhão de dólares parece ter mudado o rumo das coisas. Assim, o que deveria ser uma continuação da história de Arthur pode ter se tornado um reflexo do que ele criticava.
A reação a “Joker: Folie à Deux” ilustra como um filme pode divisar opiniões e criar um ciclo contínuo de expectativa e decepção entre os fãs, num cenário onde a fragilidade da crítica e a pressão de uma base de fãs intensa são sempre palpáveis.
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