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Jeremy Saulnier aprimorou seu estilo com “Blue Ruin” antes de Rebel Ridge.

Jeremy Saulnier aprimorou seu estilo com "Blue Ruin" antes de Rebel Ridge.
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Antes de Rebel Ridge, Jeremy Saulnier aperfeiçoou seu estilo com Blue Ruin

Após cinco anos, várias adições devido à COVID-19 e uma grande mudança no elenco, Rebel Ridge finalmente está aqui. O diretor Jeremy Saulnier, que se destacou entre os fãs de ação na década de 2010 (especialmente após o ultra-brutal Green Room), concebeu primeiro o thriller de vigilante Rebel Ridge em 2019, com John Boyega no papel principal, mas a pandemia de COVID-19 adiou as filmagens para 2022. Quando começaram a filmar, John Boyega saiu no meio da produção, supostamente por motivos familiares. Mesmo após o término das filmagens, seu destino parecia incerto, passando supostamente dois anos em pós-produção antes que a Netflix anunciasse abruptamente seu lançamento exclusivo em streaming neste verão.

Rebel Ridge é o mais recente trabalho de Jeremy Saulnier, mas não é o primeiro filme em que ele demonstra sua habilidade em contar histórias carregadas de tensão e violência. Antes de se aventurar neste novo projeto, o diretor apresentou ao mundo o poderoso Blue Ruin.

Lançado em 2013, Blue Ruin é um thriller cheio de suspense, que conquistou a crítica e o público com sua narrativa intensa e atmosférica. O filme conta a história de Dwight Evans, um homem solitário que busca vingança pela morte de seus pais. O roteiro de Jeremy Saulnier traz reviravoltas surpreendentes e momentos de pura tensão, mantendo o espectador grudado na cadeira do início ao fim.

O que torna Blue Ruin tão impactante é a forma como Saulnier conduz a narrativa. Com um estilo minimalista e realista, o diretor utiliza poucas palavras e aposta na expressão visual para transmitir as emoções dos personagens. A câmera de Saulnier é uma aliada poderosa, capturando cada detalhe, cada olhar, cada gesto, e criando uma atmosfera tensa e opressiva.

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Além da direção impecável, Blue Ruin também conta com uma atuação brilhante de Macon Blair, que interpreta Dwight Evans de forma magistral. A atuação de Blair é repleta de nuances, transmitindo a angústia e desespero de seu personagem de maneira autêntica e cativante.

A cinematografia de Jeremy Saulnier em Blue Ruin também merece destaque. As paisagens frias e sombrias são capturadas de forma bela e melancólica, ampliando a sensação de solidão e desesperança presentes na história.

Blue Ruin consolidou Jeremy Saulnier como um diretor talentoso e criativo. Seu estilo único e sua habilidade em construir narrativas impactantes e atmosféricas são evidentes neste filme. A violência crua e realista retratada em Blue Ruin antecipa o tom brutal que o diretor exploraria ainda mais em trabalhos futuros, como Green Room e, mais recentemente, Rebel Ridge.

Embora Rebel Ridge seja um projeto aguardado pelos fãs de Jeremy Saulnier, é importante reconhecer a contribuição significativa que Blue Ruin trouxe para a carreira do diretor. Foi com esse filme que ele aperfeiçoou seu estilo distintivo, conquistou a atenção da indústria cinematográfica e estabeleceu sua reputação como um dos diretores mais promissores da atualidade.

Rebel Ridge pode ser o mais recente trabalho de Jeremy Saulnier, mas é em Blue Ruin que encontramos as raízes de sua habilidade em criar tensão, explorar temas sombrios e envolver o espectador em uma narrativa complexa e cativante. Para os fãs do diretor e para aqueles que apreciam um bom thriller, Blue Ruin é um filme indispensável e uma obra-prima do gênero.