Após o impacto poderoso e sombrio do primeiro filme “Joker”, que ofereceu uma narrativa realista sobre a origem do vilão, surpreendeu a todos a decisão do diretor Todd Phillips de transformar a sequência em um musical. “Joker: Folie à Deux” promete ser uma deconstrução musical envolvente dos temas explorados no filme original, com Joaquin Phoenix e Lady Gaga se apresentando através de canções. Apesar dessa nova abordagem, Phillips e o co-roteirista Scott Silver permanecem focados em desenvolver a complexidade do personagem do Coringa, mantendo a naturalidade na narrativa.
A expectativa em torno dessa continuação é grande, pois fãs estão curiosos para descobrir como o tratamento musical se integrará à história de Arthur Fleck, que foi apresentado como um marginalizado na produção de 2019. O primeiro filme não apenas reimaginou o personagem, mas também fez uma crítica contundente à sociedade em que Fleck vive. Nos cinco anos desde aquele lançamento, a Warner Bros. e a DC passaram por transformações significativas, deixando para trás o universo estendido que falhou para iniciar uma nova era de filmes, sob a liderança de James Gunn e Peter Safran.
No contexto da nova estrutura de DC Studios, destaca-se que tanto “Joker: Folie à Deux” quanto os filmes de Matt Reeves sobre o Batman operam fora desta nova continuidade, garantindo que seus diretores tenham total liberdade criativa. Entretanto, a pergunta, especialmente considerando o novo papel de Gunn, é como ele se envolverá nesses projetos.
Durante uma pré-visualização de “Folie à Deux”, Todd Phillips e Scott Silver esclareceram a questão sobre possíveis intervenções de James Gunn no filme. Phillips afirmou que Gunn teve nenhuma influência na produção. Ele enfatizou que a Warner Bros. queria que ele continuasse a trabalhar em sua própria visão. Silver também destacou que o desenvolvimento do filme começou antes da chegada de Gunn e Safran à DC Studios. Assim, “Folie à Deux” se configura como uma obra independente dentro do novo planejamento da DC.
Embora seja possível que diretores realizem suas visões artísticas em um universo compartilhado, isso pode ser mais desafiador. A recepção positiva e o sucesso de “Joker” evidenciam o valor da visão de Phillips. Similarmente, Matt Reeves conseguiu estabelecer sua própria interpretação do Batman, e a liberdade criativa destes diretores é algo que será preservado sob a gestão de Gunn, que já expressou entusiasmo por projetos alinhados a essa abordagem.
Assim, a expectativa é que James Gunn continue afastado de filmes como “Joker” e que a DC busque formar um espaço para produções que explorem a liberdade artística, permitindo que diferentes narrativas coexistam dentro do universo cinematográfico.
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