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Frasier e a Magia de uma Comédia Romântica dos Anos 90

Frasier e a Magia de uma Comédia Romântica dos Anos 90
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Quando se fala em televisão experimental e inovadora, muitos podem não associar a série “Frasier” a esses termos. No entanto, a produção vai muito além do que uma simples comédia de situação; ela se atreveu a subverter conceitos tradicionais, buscando criar uma proposta oposta a outros sucessos, como “Seinfeld”. Ao longo de suas temporadas, “Frasier” questionou as convenções do gênero, evitando sinais musicais e planos que marcaram o estilo audiovisual dos sitcoms. Em um episódio particularmente ousado, a série brinca com a ideia de múltiplas linhas do tempo.

O episódio da oitava temporada, intitulado “Sliding Frasiers”, apresenta um enredo onde decisões pequenas, como a escolha entre usar um terno ou um suéter, têm o poder de alterar drasticamente o desenrolar da noite de Frasier Crane, interpretado por Kelsey Grammer. Essa premissa nos faz acompanhar duas realidades distintas: uma onde ele usa o suéter e outra com o terno. Essa abordagem é claramente inspirada no filme “Sliding Doors”, uma rom-com independente de 1998 estrelada por Gwyneth Paltrow.

**”Sliding Frasiers” é inspirado por “Sliding Doors” de Peter Howitt**
No episódio de “Frasier”, as mudanças de rumo na vida do protagonista se assemelham ao que acontece com a personagem Helen, de Paltrow, que, ao perder ou não um trem, prepara o palco para uma narrativa de caminhos divergentes. Ambos os trabalhos desafiam suas respectivas normas de gênero ao apresentarem como pequenas decisões podem desencadear consequências significativas. É fascinante observar que tanto “Sliding Doors” quanto “Sliding Frasiers” não oferecem finais tradicionais e felizes, conduzindo seus protagonistas por situações desafiadoras, independentemente da linha do tempo.

**Vários sitcoms já exploraram o conceito central de “Sliding Doors”**
O espírito de “Sliding Doors” teve uma ressonância notável em outras produções. Um exemplo é a quarta temporada da série “Broad City”, onde as personagens principais, Abbi e Ilana, vivenciam sua própria versão desse conceito em um episódio que explora como suas vidas mudariam com base em encontros em um metrô.

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Outras séries que trouxeram a ideia de “Sliding Doors” para suas narrativas incluem “The Unbreakable Kimmy Schmidt”, que apresenta uma vida alternativa para Kimmy dependendo da sua decisão de ir a uma exibição de “Sliding Doors”, e “Doctor Who”, com uma trama em que a acompanhante Donna pondera suas escolhas. Até mesmo “Malcolm in the Middle” faz uma comparação entre os pontos fortes e fracos dos pais de Malcolm em um episódio que interage com essa ideia.

Esses exemplos apenas reafirmam como “Sliding Doors” se tornou um modelo para explorar narrativas alternativas e profundas, destacando a riqueza que esse formato pode oferecer tanto em comédias quanto em dramas.

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