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Fiume o Morte: O Impacto de Gabriele D’Annunzio e os Prêmios que Agitaram Rotterdam

Fiume o Morte: O Impacto de Gabriele D’Annunzio e os Prêmios que Agitaram Rotterdam
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O Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR) de 2025 premiou o documentário “Fiume o Morte!” do diretor croata Igor Bezinović, que explora a figura complexa do poeta e dramaturgo italiano Gabriele D’Annunzio. O filme, que mistura reconstituição dramática e documentário, se concentra nas tentativas de D’Annunzio de anexar a cidade de Fiume (atualmente Rijeka, na Croácia) à Itália, em resposta à insatisfação com o resultado da Conferência de Paz de Paris, que havia planejado entregar a cidade à Iugoslávia. A produção recebeu o prestigiado Prêmio Tiger e o Prêmio FIPRESCI como destaque no concurso principal do festival.

O Júri do Prêmio Tiger elogiou o filme pela forma como utiliza pessoas e espaços públicos para explorar o passado à luz da Europa contemporânea, especialmente em um contexto de crescente nacionalismo. “Este é um filme onde as pessoas e os espaços públicos são co-conspiradores na exploração do passado,” destacaram.

Além disso, outras produções também foram reconhecidas no festival:

1. **L’arbre de l’authenticité** – Um ensaio filmico de Sammy Baloji que aborda o passado colonial da República Democrática do Congo e a interseção com o destino das florestas congolesas.

2. **Im Haus meiner Eltern** – Um filme de Tim Ellrich sobre uma terapeuta que luta para equilibrar as exigências da vida profissional com o cuidado de seus pais idosos.

Na categoria Big Screen, o filme “Raptures” do diretor sueco Jon Blåhed faturou o principal prêmio. Este drama da década de 1930 narra a história de uma mulher presa em um movimento sectário de seu marido, lutando para proteger sua família do mundo de crenças cada vez mais perigosas dele.

O Prêmio NETPAC, que reconhece o melhor longa-metragem das regiões da Ásia e Pacífico, foi para “Bad Girl”, de Varsha Bharath. Este filme conta a história de uma adolescente indiana rebelde lidando com as expectativas de uma família rica e conservadora.

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Por fim, o Prêmio IFFR Youth Jury Award foi dado a “The Visual Feminist Manifesto”, de Farida Baqi, que leva o público a uma jornada emociona através da vida de uma jovem mulher em uma cidade árabe não identificada.

Essas produções destacaram-se em um festival conhecido por seu apoio ao cinema inovador e independente, reafirmando a importância cultural da narrativa cinematográfica em um cenário mundial.

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