O icônico filme “Evil Dead”, lançado em 1981 por Sam Raimi, destacou-se na era dos slashers de horror que dominavam o mercado, sucedendo o sucesso de “Halloween”. Com uma proposta ousada, o filme apresentou uma licença criativa notável, que culminou em uma das performances mais memoráveis de Bruce Campbell, dando início a um fenômeno cultural.
Seis anos depois, “Evil Dead II: Dead by Dawn” trouxe uma mudança significativa de tom, algo que Bruce Campbell considera essencial para a sobrevivência da franquia. Em uma entrevista divertida, Campbell comentou sobre como essa mudança foi necessária. O segundo filme passou a incorporar elementos cômicos, tornando-se uma obra de horror mais leve e acessível ao público, sem abrir mão dos aspectos gore que caracterizavam o primeiro filme. Ele e Raimi não queriam ser rotulados eternamente como “os caras do horror”.
Campbell descreveu o conceito de “Splatstick” – uma fusão de horror e comédia. Ele mencionou que a ideia de adicionar humor surgiu da frustração de notar que muitas pessoas desmaiavam durante as cenas mais impactantes do primeiro filme. “Nós éramos grandes fãs de Os Três Patetas e decidimos colocar um pouco desse espírito em nossas produções”, disse ele. Essa combinação de gêneros resultou em um clássico que resiste ao tempo e se tornou um ícone cultural.
Recentemente, a franquia “Evil Dead” tem gerado discussões entre os fãs devido ao seu retorno às raízes de horror mais puro nas produções mais recentes, como “Evil Dead” (2013) e “Evil Dead Rise” (2023). Embora ambos tenham obtido sucesso no box office, muitos fãs sentiram falta da vertente cômica que havia se tornado uma parte querida da série. Campbell, que também atuou como produtor executivo em ambos os filmes, expressou sua preferência por um tom mais leve, destacando que a escolha de retornar ao horror foi uma decisão dos diretores Fede Álvarez e Lee Cronin, que possuem estilos mais alinhados ao gênero.
Atualmente, há dois novos filmes da franquia em desenvolvimento, com Sébastien Vaniček e Francis Galluppi na direção. A expectativa é que Vaniček mantenha a abordagem voltada para o horror, enquanto Galluppi pode trazer de volta um pouco da comédia, dada sua experiência em projetos que mesclam esses dois elementos.
Essa trajetória demonstra como a franquia “Evil Dead” evoluiu e se reinventou ao longo dos anos, atendendo às expectativas de gerações de fãs e consolidando seu lugar na história do cinema de horror.
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