Roger Ebert, um dos críticos de cinema mais respeitados, tinha uma opinião controversa sobre o filme “Batman”, de 1989. Embora reconhecido por suas análises profundas e muitas vezes perspicazes, ele se opôs a esta adaptação clássica, classificando-a com apenas duas estrelas de quatro e argumentando que era um “triunfo do design sobre a história”. Para Ebert, a decorte do filme era impressionante, mas a narrativa deixava a desejar.
“Batman”, dirigido por Tim Burton, trazia uma nova abordagem ao personagem icônico da DC. A trama gira em torno de Jack Napier, um capanga da máfia de Gotham, que se transforma no infame Coringa após cair em um tanque de produtos químicos. A narrativa se apoia na relação entre Batman e seu mais famoso antagonista, que busca desestabilizar a cidade com suas peripécias criminosas.
Ebert criticou a superficialidade do enredo, afirmando que o filme falhou em criar momentos memoráveis dentro do ambiente fascinante que construía. Ele lamentou a falta de suspense e disse que, apesar das atuações robustas e da estética visual, a história não ressoava emocionalmente. Além disso, notou que a personagem Vicki Vale não reagiu adequadamente ao descobrir a identidade secreta de Bruce Wayne, uma falha que ele achou notável.
Com o passar dos anos, o filme “Batman” se consolidou como um marco, influenciando não apenas outras produções do gênero, mas também moldando a percepção do público sobre o Batman e seus vilões. O impacto do filme levou à criação de “Batman: The Animated Series”, que teve grande aclamação e estabeleceu um padrão para adaptações de quadrinhos. O sucesso de “Batman” também ajudou a reiniciar a franquia, prolongando a vida de personagens e histórias do universo DC, e mantendo a escuridão e complexidade que Burton inicialmente trouxe ao material.
No contexto atual, muitos fãs consideram a interpretação de Michael Keaton como Batman uma das melhores, e sua recente volta ao papel em “The Flash” reforçou a popularidade da versão. O legado de “Batman” vai além do filme em si; ele transformou a representação do herói nas telas e estabeleceu uma nova era para os filmes de super-heróis, garantindo seu lugar na história do cinema, enquanto o julgamento de Ebert parece ter se tornado uma curiosidade do passado.
Tim Burton, em uma reflexão sobre seu impacto, mencionou que sua abordagem ao filme ajudou a abrir caminho para outras produções sombrias do gênero. A influência de “Batman” ainda é sentida nas formas contemporâneas de contar essas histórias, provando que, com o tempo, a obra de Tim Burton foi marcada como uma contribuição vital para o cinema e a cultura pop.
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