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Diretor Ryusuke Hamaguchi segue seus instintos.

Diretor Ryusuke Hamaguchi segue seus instintos.
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Ryusuke Hamaguchi acredita que o mal não existe. Em uma entrevista recente, o renomado diretor japonês discutiu suas crenças filosóficas e como elas influenciam sua abordagem no cinema.

Hamaguchi é conhecido por seus filmes introspectivos e complexos, que exploram temas como relacionamentos, amizade e emoções humanas. Seus trabalhos mais conhecidos incluem “Happy Hour” (2015), “Asako I & II” (2018) e “Wheel of Fortune and Fantasy” (2021).

Durante a entrevista, Hamaguchi explicou que sua visão sobre o mal se baseia na ideia de que todas as ações humanas são motivadas por desejos e necessidades individuais. Para ele, o conceito de mal absoluto não faz sentido, pois cada pessoa tem suas próprias justificativas para suas ações.

“Eu acredito que todos os seres humanos são simpáticos uns com os outros, mesmo quando as ações de alguém podem parecer más”, disse Hamaguchi. “A compreensão mútua é fundamental para a empatia e para superar a divisão entre o bem e o mal.”

Essas ideias filosóficas se refletem em seus filmes, nos quais ele procura retratar personagens complexos e multifacetados, evitando julgamentos simplistas e estereótipos.

Hamaguchi também falou sobre as dificuldades de realizar filmes intimistas em uma indústria dominada por grandes produções e histórias lineares. Ele enfatizou a importância de dar espaço para o público refletir e interpretar as histórias à sua maneira.

“Eu tento criar um espaço para os espectadores pensarem e se envolverem emocionalmente com os personagens”, disse Hamaguchi. “Minha intenção não é dar respostas definitivas, mas sim provocar perguntas e discussões.”

Com suas obras aclamadas pela crítica e reconhecidas internacionalmente, Ryusuke Hamaguchi continua a desafiar as convenções cinematográficas e explorar a complexidade da condição humana. Seus filmes nos convidam a refletir e questionar nossas próprias crenças e percepções sobre o bem e o mal.