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Dilemas das Sequências: Por que “Blade Runner 2049” Fracassou?

Dilemas das Sequências: Por que "Blade Runner 2049" Fracassou?
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“Blade Runner 2049”, lançado em 6 de outubro de 2017, é a sequência do famoso “Blade Runner”, que estreou em 1982. Essa nova produção, dirigida por Denis Villeneuve, conta com Harrison Ford no papel de Rick Deckard, retornando após três décadas, e Ryan Gosling como K, um novo blade runner. O filme foi elogiado pela crítica, recebendo uma nota de 88% no Rotten Tomatoes e se tornando um dos melhores filmes de 2017. No entanto, apesar dos elogios e de arrecadar mais de 258 milhões de dólares no mundo todo, “Blade Runner 2049” não atingiu as expectativas de lucro esperadas, resultando em um desempenho financeiro ruim.

Denis Villeneuve, que tem se destacado como um dos principais diretores da nova geração, investigou os motivos da falha nas bilheteiras e expressou sua confusão em entrevistas, mencionando: “Estou tentando entender. Tive as melhores críticas da minha vida. Nunca recebi um filme tão bem recebido. No entanto, o desempenho nas bilheteiras nos Estados Unidos foi decepcionante, isso é verdade.” Ele sugere que a falta de familiaridade do público com o universo “Blade Runner” e a longa duração do filme, que tem cerca de 163 minutos, podem ter contribuído para o baixo desempenho.

Ridley Scott, o diretor do filme original, mesmo atuando como produtor do novo projeto, tem opiniões fortemente moldadas sobre o que poderia ter mudado. Ele acredita que uma edição que corte pelo menos 30 minutos do longa teria um impacto significativo no desempenho de bilheteiras. Scott criticou a lentidão do filme e argumenta que uma duração reduzida teria facilitado o engajamento do público, permitindo também que os cinemas pudessem exibir mais sessões e arrecadar mais receita nos dias de exibição.

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A situação se torna uma discussão fascinante sobre a relação entre a duração de filmes e o envolvimento do público, especialmente em sequências que vêm décadas após a obra original. Enquanto fãs podem apreciar o aprofundamento da narrativa e a construção de mundo apresentada, o tempo de exibição extenso pode ser um obstáculo para muitos espectadores, especialmente aqueles não tão familiarizados com a saga “Blade Runner”.

Em suma, “Blade Runner 2049” representa um capítulo importante na evolução do cinema de ficção científica, e as debates sobre seu desempenho nas bilheteiras continuam a dar vida a conversas sobre o que faz um filme ter sucesso, mesmo que crítico e artisticamente seja considerado uma obra-prima. A lápide do filme pode resultar em uma exploração mais profunda das capacidades e limitações de sequências em universos cinematográficos icônicos.

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