Sean “Diddy” Combs permanecerá preso até o julgamento sobre as acusações de tráfico sexual e outros crimes. O juiz Andrew Carter, em uma audiência de apelação de fiança realizada no tribunal federal de Manhattan, rejeitou a proposta da defesa que incluía um fiança de 50 milhões de dólares, testes de drogas regulares e detenção domiciliar em Miami, argumentando que Combs representa uma ameaça para os outros e que houve tentativas de obstrução da justiça.
Durante a audiência, a procuradora assistente dos EUA, Emily Johnson, afirmou que não se pode confiar nas promessas do réu. Segundo ela, “as evidências indiscutíveis deixam claro que você não pode levar o réu a sério.” Com isso, o governo destacou que já existem preocupações sobre interferência de testemunhas desde o início do processo.
O advogado de defesa, Marc Agnifilo, defendeu que Combs aceitaria severas restrições, prometendo um forte esquema de segurança e sem acesso a smartphones ou internet para evitar contato com possíveis testemunhas. Mesmo com essa proposta, o juiz considerou que não eram suficientes as garantias da defesa.
Combs foi preso em 16 de setembro, enfrentando várias acusações, incluindo extorsão e transporte para prostituição. Ele se declarou inocente e, se for condenado, pode pegar até a prisão perpétua. O julgamento ainda não tem data marcada.
As alegações contra Combs não são novas e incluem um histórico de comportamentos problemáticos, como um incidente em que foi filmado agredindo sua ex-namorada Cassie Ventura em 2016. Recentemente, ele se desculpou publicamente pelo que fez, mas continua negando outras acusações.
A audiência de hoje foi marcada por argumentos intensos de ambas as partes, com a defesa insistindo que Combs merece a chance de se defender e reunir testemunhas, enquanto o governo reafirmou os riscos associados à sua liberação.
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