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Corpos em Sangue: A Surrealidade do Terror Cinematográfico

Corpos em Sangue: A Surrealidade do Terror Cinematográfico
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**A Substância: Uma Obra-Prima do Horror Corporal**

“The Substance” é um filme de horror extremamente impactante dirigido por Coralie Fargeat, conhecido por sua obra anterior “Revenge”. Em seu novo longa, Fargeat aborda os padrões de beleza modernos de uma forma ousada e inusitada. O filme, que estreia nos cinemas no dia 20 de setembro de 2024, não se contém em sua narrativa, apresentando um enredo repleto de simbolismos e insights sobre a condição feminina.

Demi Moore brilha em uma atuação destemida como Elisabeth Sparkle, uma estrela de filmes que se tornou apresentadora de um programa de fitness na TV. Ao completar 50 anos, Elisabeth é demitida de seu programa, apesar de ainda ser linda e deslumbrante, refletindo a cruel natureza da indústria do entretenimento e as pressões sociais acerca da idade e aparência.

A premissa se intensifica quando Elisabeth descobre um medicamento chamado “A Substância”, que promete criar uma versão mais jovem e atraente de si mesma. Esta injeção, que se assemelha a um líquido verde brilhante, desencadeia uma série de eventos aterradores e cômicos ao dar vida a Sue, uma jovem interpretada por Margaret Qualley. A relação entre as duas personagens, que compartilham a mesma consciência, gera uma guerra interna por identidade e espaço, levantando questões sobre a individualidade e a noção de beleza.

O filme é visualmente intrigante, com a cinematografia de Benjamin Kracun utilizando lentes de olho de peixe e tomadas amplas que criam uma atmosfera surreal. Essa estética ajuda a criar um mundo que, embora grotesco, é fascinante e revela a ludicidade do enredo.

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Ao longo da narrativa, momentos de brutalidade emocional se entrelaçam com cenas de horror corporal. Um dos momentos mais impactantes ocorre quando Elisabeth, após se arrumar para um encontro, é dominada por inseguranças ao ver um anúncio de Sue, levando-a a um estado de depressão que muitos espectadores podem reconhecer.

Fargeat utiliza o humor macabro para criticar a superficialidade e as consequências devastadoras que os padrões de beleza podem trazer, transformando “A Substância” em uma reflexão indispensável sobre a luta das mulheres em um mundo que constantemente as examina e julga.

O filme culmina em um clímax visceral que promete surpreender tanto admiradores de horror quanto aqueles em busca de uma crítica social profunda. “A Substância” é uma obra que não apenas entretem, mas também provoca um questionamento sobre a verdadeira essência da beleza e a identidade feminina em meio a expectativas irreais. Com uma execução audaciosa e uma mensagem poderosa, este filme se destaca como uma experiência cinematográfica imperdível.

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