Francis Ford Coppola enfrentou grandes desafios antes de decidir dirigir “O Poderoso Chefão: Parte II”. Após o sucesso estrondoso do primeiro filme, que se tornou um marco do cinema americano, ele hesitou em retornar à franquia. Durante a produção do filme original, Coppola teve uma experiência desgastante e fez o que pode para contornar as diversas pressões do estúdio Paramount.
Coppola revelou que, ao abordar uma possível sequência, sentiu que dirigir “O Poderoso Chefão: Parte II” não seria uma tarefa simples ou inspiradora. Por isso, ele fez questão de impor algumas condições ao estúdio. “Eu não amei minha experiência trabalhando no primeiro Poderoso Chefão e tive muitas lembranças ruins sobre o filme”, explicou Coppola. O diretor sugeriu que um amigo, Martin Scorsese, assumisse a direção do segundo filme, enquanto ele ficaria como produtor. No entanto, Paramount não aceitou essa proposta e persistiu em convencê-lo a voltar às câmeras.
Em vez de concordar imediatamente, Coppola apresentou três exigências que demonstravam sua determinação e habilidade em negociação:
1. **Controle Criativo**: Coppola pediu que não houvesse interferência do estúdio na produção da sequência, especialmente evitando a participação de Robert Evans, cuja relação com Coppola durante as filmagens do primeiro filme foi conturbada. Ele deixou claro que os executivos não poderiam ler o roteiro ou dar sugestões criativas.
2. **Salário Elevado**: Ele exigiu um pagamento de 1 milhão de dólares, um valor monumental para um diretor na década de 1970, refletindo sua estatura no mundo do cinema e o sucesso de seu trabalho anterior.
3. **Título do Filme**: A terceira exigência foi a definição do título da sequência como “O Poderoso Chefão: Parte II”, resistindo à prática da época que costumava dar novos nomes às continuações.
A Paramount acabou concordando com todos os pedidos, e Coppola se viu em uma posição de poder, estabelecendo um precedente para futuras sequências numéricas no cinema. A narrativa de “O Poderoso Chefão: Parte II” explora as complexas relações familiares, especialmente entre pais e filhos, um tema que Coppola tinha em mente e que se tornou o cerne do filme.
Hoje em dia, Francis Ford Coppola continua a ser uma figura influente no cinema, com projetos ambiciosos, incluindo seu próximo trabalho, “Megalopolis”, que reflete sua dedicação em criar cinema de qualidade e inovador.
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