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Coppola critica serviços de streaming como inimigos da arte

Coppola critica serviços de streaming como inimigos da arte
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Francis Ford Coppola, um dos diretores mais respeitados do cinema, expressou sua crítica ao modelo de streaming atualmente prevalente na indústria cinematográfica. Em um cenário onde muitos cineastas estão se adaptando a essa nova realidade, Coppola permanece resistente, defendendo a experiência única que os cinemas oferecem em comparação com o consumo de filmes em casa.

Recentemente, Coppola voltou aos cinemas com seu projeto monumental, “Megalopolis”, um filme em que investiu cerca de 120 milhões de dólares de seu próprio bolso. Apesar das dificuldades enfrentadas para encontrar um distribuidor, o filme conseguiu ser lançado nas salas de cinema graças à Lionsgate. Coppola deixou claro que jamais se contentaria em disponibilizar sua obra em algum serviço de streaming.

Em uma declaração contundente, ele afirmou que o termo “streaming” é apenas uma versão modernizada de “home video”. Ele argumenta que essa abordagem é uma limitações das artes, afirmando: “Streaming é uma frase idiota porque, o que realmente é, sempre tivemos isso. É chamado de home video.” Para Coppola, o que realmente importa é a experiência de assistir a um filme em um cinema lotado, enfatizando a importância de compartilhar esses momentos com um grande público. “É melhor que as pessoas vão a um grande teatro — não um multiplex, mas um verdadeiro teatro e vejam um filme com 300 pessoas.”

“Megalopolis”, que tem previsão de lançamento para 27 de setembro de 2024, é descrito como uma obra ambiciosa que explora o sonho de reconstruir Nova York após um desastre devastador. O elenco conta com nomes como Adam Driver, Forest Whitaker, Jon Voight e Aubrey Plaza, prometendo uma narrativa que aborda questões de ambição, poder e a resiliência do espírito humano no contexto de uma metrópole futurista.

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Coppola está enfrentando um desafio duplo: ele não apenas se opõe ao modelo de negócios baseado em assinaturas que prioriza o lucro em detrimento da qualidade artística, mas também deve lidar com as projeções financeiras de sua nova obra, que indicam uma possível estreia com baixa arrecadação, estimada entre 5 a 7 milhões de dólares.

A dedicação de Coppola à sua visão artística, mesmo em um mercado que pode não apoiá-la financeiramente, destaca sua paixão contínua pelo cinema e seu desejo de preservar a experiência cinematográfica como uma forma de arte autêntica.

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