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Como Frank Sinatra quase foi o protagonista de Duro de Matar

Como Frank Sinatra quase foi o protagonista de Duro de Matar
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Frank Sinatra quase foi escalado para o papel de John McClane no famoso filme “Duro de Matar”. Embora hoje seja difícil imaginar qualquer outra pessoa interpretando esse personagem icônico além de Bruce Willis, Sinatra era, de fato, o primeiro nome da lista durante o processo de seleção. A razão por trás disso está ligada a questões contratuais e à origem da história.

“Duro de Matar”, lançado em 15 de julho de 1988 e dirigido por John McTiernan, é baseado no romance “Nada Dura Para Sempre”, escrito por Roderick Thorp em 1979. Na trama, o detetive Joe Leland é surpreendido por um ataque terrorista ao ir ao escritório da filha para uma festa de fim de ano. Quando os roteiristas adaptaram a história para o cinema, mudaram o nome para John McClane, adicionando uma narrativa romântica que envolvia a reconciliação com sua esposa.

O interessante é que, devido a um contrato anterior da 20th Century Fox, que comprou os direitos da história e fez uma adaptação do livro anterior de Thorp, “O Detetive”, que já tinha sido estrelado por Sinatra, ele teve que ser considerado para o papel. Entretanto, Sinatra, com 70 anos na época, declinou a oferta, alegando que não se via correndo por um prédio armado.

A escolha de Bruce Willis pode ter sido surpreendente, uma vez que ele era mais conhecido por seu trabalho em comédias na série “Moonlighting”. Sua seleção como McClane foi vista como ousada, já que ele estava competindo contra atores estabelecidos no gênero de ação, como Sylvester Stallone, Clint Eastwood e até mesmo Al Pacino. A peculiaridade de Willis era seu humor, que se destacou em meio a tantos personagens sérios e musculosos.

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Outro ponto importante é que Sinatra, apesar de ser um talentoso ator, não possuía o perfil de um astro de ação. Sua carreira inclui grandes atuações dramáticas, mas ele nunca fez filme de ação intenso, e isso poderia comprometer sua atuação como um policial dinâmico e sarcástico como McClane. Filmes anteriores dele no gênero, como “Assalto a uma Rainha” e “Ocean’s 11”, tiveram críticas mistas e não se destacaram em comparação a outros trabalhos.

Se Sinatra tivesse aceitado o papel, a influência de “Duro de Matar” no cinema de ação moderno poderia ter sido drasticamente diferente. Sem o sucesso do filme e suas sequências, a carreira de Bruce Willis também teria tomado um rumo inusitado, talvez o impedindo de se tornar o astro que é hoje. A ideia de um universo paralelo em que Willis nunca foi McClane é suficiente para nos dar calafrios, pois ele se tornou sinônimo do filme e ajudou a moldar o gênero de ação nos anos 90 e além.

“Duro de Matar” hoje é considerado um clássico e é amplamente reconhecido por sua mistura de ação e humor, o que revolucionou a forma como os heróis de ação eram retratados no cinema. É um testamento de que, às vezes, o destino e as escolhas certas podem fazer toda a diferença em uma carreira e em uma história.

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